
Em um ranking de 79 países, somos o 70º em matemática. A média de
nossos estudantes em matemática foi 384 pontos, contra 487 pontos dos
estudantes da OCDE.
Os dados mostram que 4 em cada 10 adolescentes não conseguem
identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver
problemas com números inteiros, entender um experimento científico
simples. E, ainda, que apenas 2% dos jovens conseguem distinguir fato de
opinião, habilidade considerada complexa pelo Pisa e que no mundo
representa 10%. Aliás, 10%, mostra que o resto do mundo não é grande
coisa, também.
Os resultados do PISA mostram que desde 2009- toda era PT-, não
avançamos um centímetro. Aqui na Bahia, já havia sido mostrado que temos
o pior ensino básico do país, o segundo pior ensino médio, e o segundo
pior número de jovens no ensino superior. A Bahia, é um Brasil piorado.
Os recursos que o Brasil investe não estão muito longe dos percentuais
que o resto do mundo aplica na educação. Evidente que em muitos lugares
as condições de ensino são primitivas, que muito dinheiro é desviado
pelos corruptos, mas isso não é o bastante para justificar tamanho
desastre. As falhas passam pela formação deficiente de professores,
ausência de conteúdo curricular claro e objetivo com metas a serem
atingidas e recompensas, valorização e treinamento de profissionais,
redução da ingerência política, e do desvio dos objetivos educacionais a
favor da ideologia ou da ambição de formar cidadão, debater gênero,
ensinar dialeto sexual, e simulares, como prioridade, ao invés da
obsessão em ensinar matemática, ciência, português, e interpretação de
texto.
Ao focar nesses aspectos a educação estará instrumentalizando o
indivíduo para que faça escolhas civilizadas. Claro que muitos
professores, no país, contribuem com esforço pessoal, além do dever,
para a superação dos limites, mas evidente que isso não é o bastante
para corrigir o déficit.
Esse déficit condena o futuro do país, especialmente em uma era em que
se exige cada vez mais uma formação melhor, para o emprego.
Por outro lado, é a prática mais perversa e injusta que temos, pois, dá
a ilusão aos pais mais carentes que eles estão dando educação aos seus
filhos, quando ela não passa de uma fraude, de um ofício excludente, que
irá manter todos esses alunos sem chances reais de mudarem suas vidas.
A educação é a última escravidão brasileira!
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