quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Até quando UEFS?

Semana passada uma pessoa de minha família foi abordada as 11h, por um bandido, perto do Módulo 7. O bandido encostou uma faca em sua barriga e ela entregou o celular, e bolsa com documentos, dinheiro. Felizmente , por sua calma, ela terminou sem ferimentos. Não é o primeiro caso, nem será o último.
É absolutamente inacreditável e fora da violenta realidade atual que a Polícia não possa entrar em um Campus Universitário. Durante os brutais anos da ditadura isso foi uma forma legítima e necessária  de preservar a liberdade de pensamento político, mas isso não se sustenta no ambiente político atual, após governos federais de esquerda e governo estadual- atual, inclusive-, de esquerda.

A segurança das pessoas é o objetivo principal de uma força policial e dever do Estado, portanto não faz sentido pagarmos por essa segurança se ela não pode ser feita em determinados espaços. Além disso, gastamos- em tempos de recursos escassos-, segundo o governador, R$8 milhões, com segurança, na UEFS, duplicando um pagamento que poderia ser significativamente reduzido.
Outro aspecto a ser considerado é o desrespeito de uma instituição do Estado ( a Universidade) com outra instituição do Estado ( a Polícia), que diz que esta não é boa ou legítima o bastante para adentrar ao espaço daquela, que pertence ao próprio Estado. Chega a ser surrealista.
Subliminarmente, a UEFS, uma entidade educadora, transmite a informação aos seus 10 mil alunos e funcionários que a Polícia é algo a ser rejeitado, uma atitude doutrinária e irresponsável. 
Essa é uma discussão que não pode continuar sendo evitada por servidão conceitual. O risco a vida, o medo, não podem fazer parte do currículo universitário de nenhum estudante.

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