
É absolutamente inacreditável e fora da violenta realidade atual que a
Polícia não possa entrar em um Campus Universitário. Durante os brutais
anos da ditadura isso foi uma forma legítima e necessária de preservar a
liberdade de pensamento político, mas isso não se sustenta no ambiente
político atual, após governos federais de esquerda e governo estadual-
atual, inclusive-, de esquerda.
A segurança das pessoas é o objetivo principal de uma força policial e
dever do Estado, portanto não faz sentido pagarmos por essa segurança se
ela não pode ser feita em determinados espaços. Além disso, gastamos-
em tempos de recursos escassos-, segundo o governador, R$8 milhões, com
segurança, na UEFS, duplicando um pagamento que poderia ser
significativamente reduzido.
Outro aspecto a ser considerado é o desrespeito de uma instituição do
Estado ( a Universidade) com outra instituição do Estado ( a Polícia),
que diz que esta não é boa ou legítima o bastante para adentrar ao
espaço daquela, que pertence ao próprio Estado. Chega a ser surrealista.
Subliminarmente, a UEFS, uma entidade educadora, transmite a informação
aos seus 10 mil alunos e funcionários que a Polícia é algo a ser
rejeitado, uma atitude doutrinária e irresponsável.
Essa é uma discussão que não pode continuar sendo evitada por servidão
conceitual. O risco a vida, o medo, não podem fazer parte do currículo
universitário de nenhum estudante.
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