Em meio ao surto do novo
coronavírus, que já infectou mais 24 mil pessoas em 26 países, diversos
mitos e informações falsas estão sendo propagados junto com ele.
Aqui seguem alguns fatos que esclarecem alguns deles.
Máscaras faciais não são tão úteis
Tornou-se
comum ver pessoas usando estas máscaras pelas ruas e aeroportos ao
redor do mundo — a ideia é que ela protegeria o usuário e ajudaria a
evitar a transmissão do vírus para outras pessoas —, mas há poucas
evidências de que elas funcionem.
Isso ocorre porque geralmente
são muito folgadas, não cobrem os olhos e não podem ser usadas por
longos períodos. As máscaras precisam ser trocadas com frequência,
porque ficam suadas, para oferecer alguma proteção real.
Para evitar a transmissão, é mais importante cobrir a boca e o
nariz quando tosse ou espirra, com um lenço de papel ou com o braço,
colocar o papel usado diretamente em lixeiras fechadas, lavar as mãos
frequentemente com sabão ou desinfetante e manter uma distância de pelo
menos um metro de pessoas que tossem e espirram.
Mas
não adianta fazer gargarejos com enxaguantes bucais ou enxaguar o nariz
com solução salina. Nada disso ajudará a te proteger contra o novo
vírus.
Você não pega o vírus de animais de estimação
Não
há evidências de que seu cão ou gato possa estar infectado com o novo
coronavírus. Mas isso não significa que você não deve lavar as mãos
regularmente com água e sabão depois de tocá-los. Mesmo os bichos de estimação mais fofinhos podem portar bactérias como E. coli e salmonela — e elas podem ser transmitidas entre estes animais e humanos.
Mesmo
que você esteja preocupado com a possibilidade de o surto do novo
coronavírus ter se originado em um mercado de animais vivos em Wuhan, na
China, é importante saber que a fonte provavelmente foi uma espécie
selvagem.
O vírus poderia passar despercebido entre animais antes
de infectar seres humanos, que é como muitas epidemias deste tipo
começam, como por exemplo, as de gripe aviária, ebola e Sars. Mas isso
não significa que animais em geral são perigosos ou espalhadores.
O novo vírus é raramente letal
Embora
qualquer pessoa de qualquer idade possa ser infectada e o número de
casos esteja aumentando todos os dias na China, apenas uma pequena
proporção de pessoas está morrendo por causa disso.
Os idosos e
aqueles com outras condições de saúde, como asma, doenças cardíacas,
câncer e diabetes, são os mais vulneráveis ao novo vírus.
A
maioria das pessoas apresenta sintomas leves, como tosse e febre, e se
recupera. No entanto, o vírus está deixando algumas pessoas gravemente
doentes por pneumonia e problemas respiratórios, e matou um pequeno
número dos pacientes contaminados na China.
Lembre-se de que a
gripe comum que se dissemina todo inverno mata dezenas ou mesmo centenas
de pessoas no Brasil a cada ano. E o risco de contrair o novo
coronavírus é pequeno se comparado ao vírus da gripe.
Gotas
microscópicas expelidas por meio da tosse são a maneira mais provável de
propagação do novo vírus, portanto, colocar em quarentena ou isolar os
que retornam de Wuhan reduzirá ainda mais esse risco.
Ainda é recomendável tomar uma vacina contra a gripe neste momento.
Não há cura
Não
existem medicamentos ou vacinas específicos para o novo vírus, e os
antibióticos também não funcionam, porque eles combatem bactérias.
Existem opções de tratamento, mas a maioria das pessoas melhora por
conta própria.
Os cientistas estão trabalhando para desenvolver
uma vacina, mas ela terá que ser testada primeiro, e pode levar algum
tempo até que esteja pronta.
É seguro comer comida chinesa
Não
é necessário evitar comida chinesa ou parar de comprar produtos do
país. Também é seguro receber encomendas e cartas da China, porque é
improvável que o vírus sobreviva por muito tempo fora do corpo humano.
É preciso estar em contato próximo com uma pessoa infectada — até dois metros e por 15 minutos ou mais — para correr algum risco. (BBC News Brasil)
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