
Diversos estudos mostram que jovens com
puberdade precoce tem mais chances de iniciarem comportamentos de risco
e um um estudo da Cornnel mostrou que essas adolescentes são mais
psicologicamente vulneráveis, com maior ocorrência de depressão. E há
estudos que mostram que adolescentes sem os 2 pais biológicos presentes
tem duas vezes mais chances de terem puberdade mais jovem.
É bom
lembrar que ao menstruar as meninas antecipam a maturação óssea e,
portanto, crescem menos, são mais baixas, e parecem ter maior chance de
câncer de mama.
Em paralelo a isso, está a sexualização infantil
precoce, um dado indiscutível, especialmente estimulado pela mídia que
vende um modelo de comportamento que influencia as adolescentes.
A Associação Americana de Psicologia (APA) divulgou, em 2007, um
relatório que analisava 300 estudos publicados nos 18 meses anteriores,
nos quais eram analisados os meios de comunicação -- em particular a
televisão --, filmes, revistas e inclusive letras de músicas e a
silhueta das bonecas.
O que os especialistas chamam de
"erotização" é o que baseia o valor de uma pessoa essencialmente em seu
sex appeal e pode levar à depressão, distúrbios alimentares e a um mau
desempenho escolar, advertia a APA.
"As conseqüências da
erotização das adolescentes nos meios de comunicação hoje são muito
reais e têm, obviamente, uma influência negativa em seu
desenvolvimento", afirmou, Eileen Zurbriggen, chefe da equipe de
pesquisas.
Aqui no Brasil a erotização da música e da dança é
muito mais profunda e sem controle e certamente seu impacto é muito mais
severo.
Aos que dizem que basta ter educação sexual na escola-
realmente necessário-, não custa lembrar que esse ensino implica em uma “
normalização do ato”, afinal, está sendo ensinado pelos professores.
Acontece que sexo não é apenas uma técnica e ser dominada para evitar
gravidez precoce e DST. Ele precisa estar associado ao afeto, e dotado
de um real significado que vai muito além das limitadas propostas de
educação sexual escolar.
A erotização precisa ser combatida, e a
puberdade precoce , com seus riscos emocionais, e a educação sexual,
precisam ser pensadas sob outra forma evitando apenas um incentivo
sexual subliminar como tem sido proposto.
Embora não goste do
termo abstinência, acho muito significativo e importante a proposta do
governo de abrir a discussão sobre o tema e propor que a escolha esteja
associada a um momento de maior maturidade.
Nossas crianças não podem continuar sendo vítimas indefesas de uma Sociedade sem limites e dos pregadores da falsa liberdade.
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