Nossa vida é feita de escolhas e elas fazem nossa vida. Escolhas bem feitas encaminham para a felicidade e para a realização, escolhas mal feitas levam para a frustração e para a infelicidade. Enquanto temos tempo, nossas escolhas podem ser refeitas, para o melhor ou para o pior.
ALGUMAS escolhas são pouco importantes e não chegam a alterar a caminhada da vida. Mas há outras, que têm consequências duradouras: vocação, profissão, opção religiosa, residência, casamento, escolha de um governador ou do presidente da República… Todos, na vida possuímos critérios para nossas escolhas e, por isso, somos responsáveis pelas decisões certas ou erradas.
PODEMOS trocar valores espirituais e morais, decisivos em nosso futuro, por bens materiais. Podemos trocar a ética por dinheiro. Podemos trocar a Palavra de Deus por propostas mais fáceis e comodistas. Podemos trocar a solidez de uma família por aventuras ocasionais… Cada alternativa precisa ser estudada com critérios objetivos. É importante levar em conta o amanhã. O agora pode ser tentador, cheio de promessas, mas o amanhã poderá trazer tristezas e amarguras.
EXISTE na vida ligação da causa com a consequência. Aquele que planta flores, colherá flores, aquele que semeia espinhos, espinhos colherá. Existe ainda outra certeza: quem nada planta, nada colherá. Cada escolha implica em alguma renúncia. Quem escolhe um caminho, renuncia a outros. A luta marca a dignidade de uma vida. E, um dia, Deus não nos cobrará o êxito, mas a persistência na luta.
NA BÍBLIA, encontramos episódios que envolvem escolhas. No livro do Gênesis, lemos que Esaú cedeu seu valioso direito de primogenitura ao irmão Jacó por um prato de lentilhas (Gen 25,36). No Novo Testamento, Jesus afirma que Maria escolheu a melhor parte, em relação a sua irmã Marta (Lc 10,42). Há também o fato do mercador que vende tudo o que possui para comprar uma pérola preciosa. E essa, faz sua felicidade. Fez a melhor escolha.
O EVANGELHO é um permanente convite para recomeçar. Nossas escolhas podem ser refeitas. Zaqueu, depois de muitas escolhas erradas, fez a escolha certa. E Jesus confirma essa escolha dizendo: “Hoje a salvação entrou em sua casa.” (Lc. 19-9). O fatalismo não tem lugar no projeto de Jesus: o cego recupera a visão, o surdo começa a ouvir, o mudo a falar, a mulher adúltera readquire sua dignidade e a própria morte é obrigada a ceder diante da vida. Na cruz, ao lado do Jesus, o bom ladrão percebe sua chance, refaz sua vida e alcança o paraíso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário