Na minha juventude eu me encantava com as histórias de cowboys. Conforme me foi “vendida” a história, os bravos pioneiros brancos lutavam contra índios ferozes. Porém, ninguém me disse que os índios lutavam ferozmente para defender suas terras ancestrais invadidas pelo homem branco. E como eu gostava de aventuras, larguei a querela de índios e homens brancos para trás e comecei a me interessar pelas viagens espaciais. Ficava olhando para o céu imaginando quais segredos ele guardava.
Pelo que sabemos, nós os humanos, e
toda a bicharada, vivemos em uma bola de rocha e terra coberta por mares e
matas. Além de desertos e geleiras, é claro. E como ninguém reclamou a posse
até agora, aqui vivemos nós olhando para as estrelas e imaginando o que há por
lá. De lambuja ainda recebemos um sol para nos aquecer e uma lua para nos
encantar.
Eu ficava imaginando o que haveria lá
no espaço. E os clássicos de Júlio Verne e outros sonhadores como eu, davam
asas à imaginação e criaram histórias mirabolantes sobre extraterrestres e
planetas habitados. O primeiro alvo do nosso interesse para uma visita foi a
lua. Afinal era o astro mais perto de nós. Não é uma bola de fogo como o sol, mas,
também não pode sustentar nossa vida, pois lhe falta oxigênio. Água pode até
ser encontrada. Em 1969 alcançamos a lua com o projeto Apolo 11. E lá não havia
nada mais nem menos do que esperávamos.
Continuamos a estudar a lua, talvez mais
interessados em desenvolver nossas habilidades em viajar pelo espaço do que
encontrar qualquer coisa útil por lá. Contudo, aparições frequentes de OVNIs
pelos céus do mundo inteiro, desafiavam nossa curiosidade. Como havia fortes
indícios de que eram naves tripuladas, ficamos a imaginar como faremos para
também viajar entre as estrelas.
Esse sonho acalentou a esperança
durante muitos anos, até que foi bruscamente interrompido: não é possível
viajar entre as estrelas. Isso, pelo simples fato de que mesmo viajando à
incrível velocidade da luz (300mil quilômetros por segundo) levaríamos quatro
anos para chegar à Constelação de Centauro, nosso vizinho mais próximo. Resta
ainda o fato de que se alcançarmos a velocidade da luz, imediatamente nos
transformaremos em energia.
Porém. Nem tudo está perdido. Não faz
muito tempo circula entre cientistas a teoria das fendas espaciais e/ou portais
intergalácticos. Einstein desenvolveu um estudo em que, teoricamente, há esta
forma de passarmos de uma estrela para outra como se estivéssemos atravessando
uma folha de papel. Explico: Numa folha de papel ofício desenhe na parte
superior uma nave espacial e na parte de baixo a representação do que seria a
estrela a ser alcançada. Junte as duas pontas do papel e perfure com um objeto
pontiagudo passando do lado onde está a nave, para o lado onde está a suposta
estrela. Uma viagem espacial poderia ser feita dessa forma se encontrássemos o
portal que facilitaria a nossa passagem.
Se, e somente se, encontrarmos essa
passagem um dia talvez possamos viajar entre as estrelas. Caso contrário, continuaremos
rastejando entre os planetas mais próximos de nós, levando muito tempo para
alcançá-los. Mas, nem tudo está perdido. Se os tais discos voadores continuam
sendo avistados nos céus da terra, há a remota possibilidade de que um dia um
deles pare por aqui e nos ensine como viajar entre as estrelas.
A esperança é a última que morre! Mas,
morre!
Por enquanto temos que nos contentar com as narrativas dos viajantes solitários e seus avistamentos, como no caso do caminhoneiro que viajava pela madrugada nas imediações de Varginha e ao longe viu uma forte luz na estrada e na frente um vulto de um ser baixinho, com longos braços arrastando no chão. Ele logo imaginou que era um ET. Parou o caminhão, desceu, se aproximou e gritou: “Severino, cearense, fazendo contato!” E ouviu a resposta: “João, pernambucano, fazendo cocô!”
Um comentário:
Massa
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