* Baianidade *
Donde provém a conhecidíssima indagação “o que é que a Bahia tem?”
Se as razões estão na colonização múltipla, as consequências da baianidade estão espalhadas por todos os lados. Tal mescla faz da Bahia, para muitos, a maior referência cultural do Brasil, dentro e fora do território nacional.
A resposta à indagação do poeta, implica numa infinidade de possibilidades, não só com relação à origem, mas principalmente, à constituição da nação baiana.
A amabilidade, a hospitalidade, características da baianidade, não escondem, entretanto, conflitos não apagados com o fim da escravidão ou com a miscigenação.
A baianidade é uma ideologia das elites do Recôncavo, de Salvador e de algumas cidades fora do sertão e do semi-árido. A rigor a permanente associação de baianidade com gentileza, cordialidade, é uma descrição dela própria, camuflando a pobreza e o índice de analfabetismo os quais, na Bahia, ainda são nada invejáveis.
Mas, seja como for, análises sociológicas à parte, “a Bahia tem um jeito que nenhuma terra tem”..
Dentro de tal característica elenca-se somente ela, produzir fumos e charutos de altíssima nobreza, que rivalizam com as melhores regalias mundiais. Assim são os charutos fabricados na atual capital charuteira nacional, a cidade São Gonçalo dos Campos.
Baianidade autêntica: os ‘rolinhos de felicidade” ‘made in Bahia’ têm sabor que os de nenhuma outra terra têm!
Hugo A. de Bittencourt Carvalho, economista, cronista, ex-diretor das fábricas de charutos Menendez & Amerino, Suerdieck e Pimentel, vive em São Gonçalo dos Campos – BA.
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http://livrodoscharutos.blogspot.com
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