sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O ladrão nosso de cada dia


Diariamente somos roubados das mais diversas formas, sob o olhar complacente e conivente dos governos. Agora mesmo jornais denunciam que concursos públicos viraram fonte de renda para os cofres públicos. Observando bem, alguns casos são bem notórios. A Polícia Rodoviária Federal, por exemplo, nunca pára de ter inscrição para Concursos. A Polícia Militar, também, sempre tem uma inscrição aberta. Até o Tribunal de Justiça baiano fez um concurso e, depois, não chamou os aprovados alegando inexistência de vagas.
Nos municípios, além de concursos com vagas suspeitas, normalmente a marmelada é para favorecer os parentes e amigos do Prefeito inescrupuloso. Há poucos anos, um grupo saiu de Feira de Santana para prestar um concurso público promovido pela Prefeitura de Alagoinhas, e, quando lá chegou, haviam mudado o horário do concurso, sem aviso prévio, e eles simplesmente não puderam fazer as provas. Lá dentro, só gente do prefeito.
A indústria de concursos, infelizmente, é uma triste realidade na vida de todos nós. Jornais e sites especializados vivem exclusivamente para isso. Todos os dias, alimentados pelo governo, anunciam vagas e mais vagas. E os inocentes seguem estudando e acreditando. Paralelamente, empresas ditas formadoras de “recursos humanos”, anunciam a abertura de cursos preparatórios para este ou aquele concurso. Crédulas e esperançosas de obter uma vaga, milhares de pessoas frequentam estes cursos, prestam exames em concursos e, mesmo obtendo boas notas, nunca serão chamados.
Mas a coisa não pára por aí. Com a permissão do governo, instituições financeiras fazem empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS, os pobres coitados se endividam e não conseguem pagar. Às vezes passam fome, porque o dinheiro nem passa pelas suas mãos. Sai da folha de pagamento direto para as contas dos agiotas oficiais.
E o que é pior, os pobres velhos estão sendo lesados, também, pelos próprios parentes, que roubam os seus cartões e senhas e retiram o dinheiro do banco, deixando os idosos entregues á sua própria sorte. Notadamente na zona rural, em dia de recebimento de pensões e benefícios, os velhos são assediados por uma corja de delinquentes juvenis que, pilotando motocicletas, não raro com violência, lhes roubam todo o dinheiro.
Segundo testemunhas, policiais à paisana costumam andar na garupa das motos, dando cobertura aos delinquentes nas suas vis ações. A quem reclamar? Em quem confiar? A Polícia está sempre alegando falta de contingente e equipamentos necessários ao combate ao crime. E a justiça? Esta acaba de manter os super salários dos seus servidores, alegando que tudo é muito normal e legal. Não importando se é imoral. E os políticos? Ah! Os políticos. Recentemente um prefeito abriu concurso público, prestou ele mesmo exames, e passou em primeiro lugar.
Preciso dizer mais nada?

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