sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Porque a cidade precisa, urgente, do aparelho de radioterapia


De acordo com o Instituto nacional do Câncer (INCA) atualmente a doença é a segunda maior causa de mortes no Brasil. Somente este ano, segundo as estimativas do órgão cerca de 500 mil novos casos serão diagnosticados este ano. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% das mortes por câncer ocorrem em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Em setembro do ano passado entrou em funcionamento no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) que, por determinação do Ministério da Saúde, concentra todo o atendimento a pacientes com câncer, cujo tratamento não pode mais ser feito em clínicas, sendo necessário um local específico.
Na Unacon o paciente recebe tratamento quimioterápico e a unidade se prepara para passar a realizar, também o tratamento radioterápico. Ainda este mês será inaugurado um “bunker”, que é o local adequado para receber um Acelerador Linear, que é o equipamento que realiza o tratamento. Por emitir radioatividade, o local tem que ter paredes de até quatro metros de espessura, e revestimento especial com chumbo, para evitar contaminação nos seus arredores.
Três clínicas que efetuavam tratamento em pacientes com câncer (ION, CEON e IHEF) uniram-se e firmaram convênio com a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, que mantém o HDPA, e fundaram a Unacon que atende, inclusive, a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Feira de Santana e mais de 60 municípios da região.

Números alarmantes

Desde a sua inauguração a Unacon já atendeu mais de três mil pacientes, e mais de mil já receberam tratamento quimioterápico.. Mas os pacientes que necessitam de radioterapia têm que se deslocar para Itabuna ou Salvador, porque em Feira de Santana não existe aparelho para tratamento radioterápico.
Segundo dados fornecidos pela diretora da Unacon, Dra. Lívia Matos, atualmente 43 pacientes estão recebendo tratamento em Itabuna e 24 em Salvador, e há uma fila de espera de 58 pacientes. Em Salvador os atendimentos estão sendo agendados para dezembro. Daí, a urgente necessidade de se instalar, o mais rápido possível, o Acelerador Linear da Unacon de Feira de Santana.
Um dado triste é revelado para Dra. Lívia Matos: Diante da dificuldade de deslocamento, e em que pese o município disponibilizar transporte e hospedagem para pacientes e acompanhantes, de Feira e Região, muitos desistem do tratamento e morrem.

Nenhum comentário: