sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vencidos pelo cansaço

    Nós, brasileiros, caímos num estado de letargia em relação aos problemas diários com os quais os governos nos atormentam. Todo ano assistimos ao mesmo filme. Secas, inundações, transportes ruins, educação ruim, assistência médica ruim, insegurança pública, lixo acumulado nas ruas, mau cheiro, ambulantes tomando conta das ruas e calçadas, pedintes, tráfico de droga, drogados, falta de esgotos e pavimentação de qualidade, estradas ruins, leis que não são obedecidas, autoridades envolvendo-se em escândalos, roubos, assassinatos, tudo de ruim acontece e nós assistimos a tudo passivamente como a dizer: Fazer o que? Não tem jeito.

    Há um dito popular que se encaixa bem neste caso: Não há mal que sempre dure, e não há bem que nunca se acabe. Nosso país tem pouco mais de 500 anos. Parece muito mais não é, quando confrontado com civilizações milenares, que já passaram por tudo isso, e sabe como enfrentar tais situações.

    Começa com a amor à própria terra, patriotismo embasado não em vultos históricos de duvidosa reputação, mas no saber do quanto custou o desbravamento da terra bruta e mantê-la a salvo de conquistadores. O Brasil é pacifista, por princípio constitucional não participa, não entra em guerras de conquista, mas se for atacado, invadido, terá que se defender.

    Uma nova ordem mundial está se estabelecendo e nós parecemos não querer notar isso. Sentimo-nos tão distantes do Egito, do Irã, do Iraque, da Grécia, como se nada tivéssemos a ver com aquilo tudo. Mas temos, e muito. Até agora as grandes potências limitaram-se a invadir países que contrariaram seus interesses. E o fazem com uma imoral cumplicidade passiva de nações menores, como a nossa, tidas como “amigas”.

    O povo brasileiro, entretanto, vencido pelo cansaço da labuta diária e pelo costumeiro descaso governamental, não se apercebe do perigo. Estamos vivendo cada um por si e esperando ajuda dos céus para nós todos, esquecendo-se que de que Jesus disse: “Faze por ti, que os céus te ajudarão". Para ganhar na loteria é preciso, no mínimo, jogar. Sem isso nem Deus pode lhe ajudar. Quer melhorar a situação, quer viver num país melhor? Há dois caminhos. Mudem-se ou partam, com vontade, para consertar este.

    Mas vamos fazer isso logo, porque logo o petróleo vai acabar e o que vai valer ouro é um bem que temos em abundancia, e que já despertou a cobiça das grandes nações, que é a água. Quando elas vierem buscar a nossa água, não vão nos pedir, vão invadir sob um falso pretexto, e tomar o que quiserem, sem sofrer resistência alguma. Nem mesmo o protesto de nações “amigas”. Porque nestas horas, é melhor ser amigo da onça. Ou da águia.

    É sempre bom lembrar que quando da segunda guerra mundial, enquanto nossos navios eram afundados, a Argentina mandou dizer aos alemães que tinha mudado de endereço.

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