
Incompetência, descaso e cinismo permeiam as atitudes em relação ao desastre de Minas
Um festival de incompetência e cinismo
Tenho acompanhado, até mesmo por conta da minha profissão, praticamente todo o noticiário sobre o desastre ecológico que começou em Minas Gerais e já atingiu o Oceano Atlântico, no litoral do Espírito Santo. E o que vejo são reações pífias, improvisadas e muitas vezes cabotinas diante da magnitude do evento, que já está na lista de um dos cinco maiores desastre ecológicos do MUNDO.
Do lado da empresa, a Vale, atitudes patéticas e, creio, de puro efeito teatral, como a instalação de barreiras ridículas diante do volume de lama tóxica e sua avassaladora correnteza. Não seguraram coisa alguma, claro.
Fala-se em indenizações também patéticas e há uma série de “encontrões”, por assim dizer, no vai e vem de atitudes tomadas e anunciadas. Enfim, todo mundo feito barata tonta.
E o governo, como veremos em nota a seguir, agindo de maneira cabotina. É a cara do Brasil!
Ainda sobre o desastre
A medida da presidente Dilma assinando decreto onde considera o evento como “desastre natural” simplesmente credencia os responsáveis diretos pela tragédia a defenderam multas e indenizações muitíssimo aquém do que seria o justo.
Não foi um “desastre natural”, presidente. Foi uma tragédia gerada pela irresponsabilidade das empresas e a absoluta falta de capacidade do governo, tanto política como técnica, de fiscalizar de verdade a atividade mineradora no País.
Um juizado paralisado (I)
O Juizado Especial (ou Pequenas Causas) localizado no campus da UCSal na Federação é conhecido por ser o mais lento de Salvador. Lá, audiências são marcadas para prazos de até seis meses.
Não bastasse isso – ou talvez por causa disso -, um processo que caiu na 11ª Vara Especial de Defesa do Consumidor, naquele local, onde há juiz designado mas que só atende pela manhã.
O processo em questão caiu na 11a Vara Especial de Defesa do Consumidor, onde há juiz designado, mas que funciona apenas pela parte da manhã. A despeito da alegação do advogado de que se trata de caso de extrema urgência (saúde), nada andou.
Um juizado paralisado (II)
Na primeira vez que o advogado esteve lá, foi na parte da tarde, e uma das servidoras afirmou que o atendimento para a 11a Vara só era feito no período da manhã. Diante da alegação de que era caso de extrema urgência e o dia era uma sexta-feira, a resposta foi chocante: "Você ainda deu sorte que seu processo caiu numa vara que funciona pela manhã. Nas varas que atendem pela parte da tarde estamos SEM JUIZ". Nada mais absurdo!
Urge que o Tribunal de Justiça verifique o que está acontecendo naquele Juizado.
Burocracia anacrônica
O cidadão foi comprar um simples aparelho de DVD, que custa R$ 110, em um hipermercado da cidade.
Após pagar no balcão específico para eletro-eletrônicos, foi instruído a dirigir-se a outro balcão, desta feita para retirar a nota fiscal.
Havia fila, houve muita demora, inclusive para a impressão da nota, e o consumidor saiu indignado. Ele entende que é preciso fiscalizar, mas não compreende como, nos tempos de hoje, isso não pode ser feito no ato específico do pagamento e o porquê de tanta demora.
Até quando serão ilegais?
A Câmara Municipal de Salvador caminha para o último ano do atual mandato, mas, junto com a prefeitura, não conseguiu regulamentar a profissão de mototaxista.
E o que se vê a proliferação de pontos ilegais e cada vez mais pessoas pilotando motos como loucos, invadindo sinais e fazendo piruetas no trânsito. É demais!
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