No século 16, época das grandes navegações, era em agosto que as
caravelas iam ao mar. Assim, as namoradas dos navegadores nunca casavam
neste mês já que, além de não poder desfrutar da lua-de-mel, poderiam
passar rapidamente da condição de recém-casadas para a de viúvas.
Segundo o escritor Mário Souto Maior, a tradição se consagrou com a
frase “casar em agosto traz desgosto”, que foi resumida para nossa
conhecida “agosto, mês do desgosto”.
A fama de mês agourento cresceu no século 20, graças a acontecimentos
como o suicídio de Getulio Vargas, (24/8/1954), e a renúncia de Jânio
Quadros (25/8/1961). Mas a má fama de agosto não é exclusividade da
cultura lusobrasileira.
Os romanos, no século 1, acreditavam que um dragão passeava pelo céu
noturno em agosto (mês, aliás, batizado por eles em homenagem ao
imperador Augusto). O monstro nada mais era do que a constelação de
Leão, mais visível nessa época do ano.
Mera coincidência?
Desastres do século 20 endossam a fama de agosto
– Início da 1ª Guerra Mundial: 1º de agosto de 1914
– Ataque nuclear à Hiroshima: 6 de agosto de 1945
– Início da construção do Muro de Berlim: 13 de agosto de 1961
– Morte de Marilyn Monroe: 5 de agosto de 1962
Fonte: Super Interessante
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