O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro e celebra a importância da leitura e, consequentemente, dos livros na vida dos seres humanos. Os livros têm como função transmitir conhecimento, enriquecer as pessoas culturalmente, divertir, relaxar e, além, de outras coisas, ser uma boa companhia.
Origem do Dia nacional do livro
A criação do Dia nacional do livro faz referência à data de fundação da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Ela foi fundada em 29 de outubro de 1810 pela Coroa Portuguesa.

Na época, foi trazido para o local um grande acervo da Real Biblioteca Portuguesa. O primeiro livro editado no Brasil foi a obra de Tomás Antônio Gonzaga Marília de Dirceu, em 1808.
Hoje, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é a maior da América Latina e está entre as dez maiores do mundo.
História do livro
O livro, tal qual como o conhecemos hoje, passou por diversas transformações.
Desde o surgimento do alfabeto, os povos da antiguidade escreviam em pedras ou em placas de argila. A técnica foi inovada e surgiram os papiros por volta de 3 mil anos antes de Cristo, no Egito Antigo.
Depois do papiro, vieram os pergaminhos, os quais possuíam mais resistência, o que facilitou o acesso aos textos.
Na Idade Média, os monges copistas eram pessoas destinadas a fazer a cópia das obras, geralmente de caráter religioso.
Vale frisar que, nessa época, poucas pessoas tinham acesso aos livros e ao conhecimento. Somente homens da Igreja ou nobres podiam aceder a esses bens, considerados por muitos como objetos de salvação.
No século XV, o inventor e gráfico alemão Johannes Gutenberg(1398-1468) revolucionou a história do livro.
Ao introduzir a técnica da prensa móvel (tipográfica), já descoberta na China anteriormente, Gutemberg permitiu a reprodução de cópias e a popularização do livro.
Fica claro perceber que desde sempre as civilizações possuíam o intuito de guardar o conhecimento e passá-lo de geração em geração.
Assim, a partir do século XX, vimos surgir outros suportes para os livros como os audiolivros, e-books, etc.
A Importância da Leitura
Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de suma importância para o desenvolvimento da cognição humana.
Ambas proporcionam o desenvolvimento do intelecto e da imaginação, além de promoverem a aquisição de conhecimentos.
Dessa maneira, quando lemos ocorrem diversas ligações no cérebro que nos permitem desenvolver o raciocínio. Além disso, com essa atividade aguçamos nosso senso crítico por meio da capacidade de interpretação.
Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves essenciais da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar os códigos linguísticos, faz-se necessário compreender e interpretar essa leitura.
Os benefícios da leitura
Muitos são os benefícios que a leitura proporciona: desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da comunicação, bem como o aumento do vocabulário, conhecimentos gerais e do senso crítico.
Além desses benefícios, com a leitura exercitamos nosso cérebro, o que facilita a interpretação de textos e leva à maior a competência (habilidade) na escrita.

Ao ler o indivíduo adquire maior repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos. Para além disso, estudos apontam que o ato de ler é muito prazeroso na medida em que reduz o stress ao mesmo tempo que estimula reflexões.
Por esse motivo, a leitura deve ser incentivada desde a educação primária. Incentivar os filhos pequenos em casa e criar hábitos são chaves importantes para que as crianças desenvolvam o gosto pela leitura. Uma dica é levá-los nas bibliotecas, livrarias ou mesmo contar histórias para eles.
Para o escritor brasileiro Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros".
Você sabia?
Do latim, a palavra “leitura” (lectura), significa eleição, escolha.
A evolução da leitura
Com a invenção da Imprensa (Tipografia), em 1455, pelo inventor alemão Johannes Gutenberg (1398-1468), o ato de ler (anteriormente divulgado por manuscritos), expandiu-se rapidamente. Junto à isso, proporcionou maior a difusão e produção de conhecimentos no mundo.

Com a globalização e a aceleração das transformações comunicacionais e digitais da modernidade (televisores, computadores, celulares, etc) o ato da leitura foi cada vez mais adquirindo um lugar secundário.
Todavia, tal seja a importância da leitura no mundo, a expansão tecnológica proporcionou outras formas de leitura, por exemplo, os famosos e-books.
A leitura no Brasil
Estudos apontam que no Brasil a média de leitura dos brasileiros é de 1 livro por ano. Esse dado nos deixa numa das posições baixas em relação a outros países da América Latina. Na Argentina, por exemplo, a média anual é de 12 livros por habitante.
Essa realidade torna-se mais clarificada quando pensamos no problema do “analfabetismo funcional”. Ou seja, o conhecimento do código linguístico unida à limitada capacidade de interpretar os textos. Esse é um dos principais problemas da educação no país, e portanto, as estatísticas assustam.

Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (censo 2010), cerca de 20% da população brasileira é considerada analfabeta funcional. Nesse panorama, destaca-se a região nordeste, com aproximadamente 30% da população.
Esse problema estrutural deve-se a precariedade do ensino público do país e a falta de incentivos que apoiem o hábito e a importância da leitura nas escolas. No entanto, diversos programas educacionais têm focado na leitura e na escrita.
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