quarta-feira, 18 de novembro de 2020

O eleitor decisivo no segundo turno

A pequena diferença  de votos entre Zé Neto e Colbert Martins deve tornar o convencimento ao eleitor que votou em branco, nulo, e em outros candidatos, o fator decisivo. Os que se abstiveram são 19,11% ( 76.559 eleitores), mas não devem ser os  mais importantes , apesar de serem a maioria dos não votantes. 

A abstenção tem crescido, em Feira, ao longo das eleições: 2008 ( 14,48%), 2012 ( 15,5%, 2016 ( 17,1%), e 2020 ( 19,11%).  O problema é que abstenção não costuma reduzir-se em segundo turno. Ao contrário, tem uma tendência a crescer. Nas eleições presidenciais de 2018 ela saiu de 20,32% no primeiro turno para 21,29% no segundo turno. 

Evidente que o fato de termos um segundo turno que não acontece há 24 anos na cidade e termos uma eleição dicotomizada de forma importante entre dois grupos pode mobilizar alguns eleitores; em compensação, o crescimento da pandemia pode inibir outros.

É mais factível que os 10,97% (35.703 eleitores) que optaram pelo voto branco ou nulo mudem de opinião. Destes, um percentual de 2,99% ( 9860 eleitores)  votaram em branco e  7,98% ( 25.843 eleitores) votaram nulo. É possivel que diante das opções de ter um representante do governo Rui Costa contra um representante do grupo de José Ronaldo, como escolhido para dirigir Feira, o eleitor sinta-se motivado a reconsiderar sua opção. 

O mais provável, no entanto, é que a decisão esteja na mão dos 20,28 % (58.728 eleitores) que votaram em outros candidatos, que gostam de exercer o voto, e que vão escolher considerando a proximidade das propostas dos candidatos com suas ideias, ou até mesmo por rejeição ao outro, o que tem gerado a corrida pelas alianças. 

A grande dificuldade é saber quantos votos cada um desses outros candidatos consegue levar consigo ao fechar um acordo com os  concorrentes. Até o momento, Tourinho anunciou apoio a Zé Neto e Carlos Medeiros, do Novo, anunciou que não vai apoiar ninguém.

O tempo está correndo!

Eleitor rejeita extremismo Bolsonarista e Lulista

Ao que parece, os eleitores preferiram escolher representantes do Centro e rejeitar o extremismo Bolsonarista e petista. A maioria dos candidatos indicados por Bolsonaro não tiveram sucesso nas urnas, mas principalmente o discurso extremista e radical não foi destaque nem garantiu a eleição de ninguém. A onda Bolsonarista que elegeu muitos candidatos na eleição passada não apresentou o mesmo impacto dessa vez.

Por outro lado, continua o encolhimento do PT, esfacelado pela corrupção demonstrada pela Lava-Jato, que viu as prefeituras sob sua administração minguarem de 254 para 189, uma redução de 156 cidades.

Como já havíamos escrito, em tempos de ameaças, grandes desastres, o humano prefere ser conservador.  Parte da população cansou do negacionismo, desrespeito, de Bolsonaro; outra parte cansou de ver os recursos públicos espoliados pelo Partido dos Trabalhadores.

Assim, o Centro, venceu, mas isso não significa que em 2022 o jogo será o mesmo.

José de Arimateia anuncia apoio a Colbert Martins

José de Arimateia candidato a prefeito que acabou em terceiro lugar, anunciou seu apoio a Colbert Martins. Arimateia ( Republicanos)  teve 14.012 votos e certamente tem a maior possibilidade de transferir votos já que seus eleitores tem forte ligação religiosa e costumam seguir as orientações da Igreja.

 

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