quarta-feira, 7 de junho de 2023

Armandinho é Doutor Honoris Causa. Recebeu título aos 70 anos

 

Imagem de capa para Armandinho é Doutor Honoris Causa. Recebeu título aos 70 anos; Vídeo
O músico Armandinho, famoso pelo trio elétrico com Dodô e Osmar, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (Ufba) aos 70 anos - Foto: reprodução / UFBA

A vida é repleta de reviravoltas! Que o diga Armandinho, que recebeu o título de Doutor Honoris Causa aos 70 anos. Famoso por idealizar o trio elétrico com a guitarra baiana junto com Dodô e Osmar, ele foi reprovado no vestibular para música, quando era jovem. Imagina?

Agora a Universidade Federal da Bahia (Ufba) outorgou o título ao músico. Reparação? Talvez. Melhor falar em reconhecimento. Para o diretor da Escola de Música da UFBA, professor José Maurício Brandão, Armandinho Macedo foi reprovado porque a universidade “não soube reconhecer” a genialidade de Armandinho, na época.

Agora, Armandinho foi homenageado em uma grande cerimônia na UFBA. Aplaudidíssimo, o artista emocionou os presentes. “Sou músico, baiano, brasileiro, minha faculdade fiz nas ruas, recebo este título com emoção e júbilo”, disse.  (vídeo abaixo)

Artista autodidata

A carreira nacional de Armandinho começou no final dos anos 1960, mas foi na década de 1970 com Dodô e Osmar que os três criaram o que virou febre: o trio elétrico. Uma mistura de estilos musicais contagiantes do país.

Caetano Veloso eternizou  na composição “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”. Daí para frente é só alegria.

Armandinho costuma dizer que tudo começou com o pai Osmar Macêdo, que tocava bandolim, que o preparou musicalmente. Segundo ele, foi o grande inspirador da vida dele. Simples nas definições, o artista disse que: “A música é o meu sustento em todos os sentidos”.

O cantor e compositor afirmou que, rapidamente, aos 10 anos, aprendeu os segredos do bandolim e daí para frente não parou mais.

“Eu não sou nada sem a música, sem poder tocar. Música é a única coisa que eu sei fazer”, disse.

Suavemente, Armandinho disse que o melhor é conseguir chegar, aos 70 anos, na ativa, fazendo música e shows pelo Brasil afora. “A música é um movimento para todos. Mouros, baiano, Vitória…”, brincou. “O baiano se vira nos 30, nos 40, nos 70”, completou.

Agora está determinado a deixar um legado sobre o que chama de “música trioeletrizante” promovendo cursos e ensinando a outros artistas o estilo. Tanto é que dedicou o prêmio também a estes músicos.

Pela universidade, o reconhecimento é absoluto. “A universidade é guardiã de memória e repositória de tradição”, afirmou o professor José Maurício Brandão, diretor da Escola de Música da UFAB.

Título Doutor Honoris Causa

É o título mais importante concedido por uma universidade e depende de aprovação do Conselho Universitário. É o reconhecimento do “saber” sem a necessidade de ser submetido a exames e provas formais em instituições acadêmicas.

O título pode ser atribuído a personalidade eminente, nacional ou estrangeira, que tenha se destacado singularmente por sua contribuição à cultura, à educação ou à humanidade.

A UFAB também concedeu o título à Maria Bethânia, enquanto Ariano Suassuna e Raquel de Queiroz se tornaram Doutores Honoris Causa pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Assista ao vídeo de Armandinho, Doutor Honoris Causa:



Nenhum comentário: