O mês de novembro é dedicado a todas as pessoas falecidas e, no dia 02, celebramos o Dia de Finados. Visitamos cemitérios, levamos flores, acendemos velas e rezamos pelos nossos familiares e amigos que nos deixaram. Cemitério significa “dormitório”, lugar de dormir, enquanto aguardamos a ressurreição. É com a morte que começa a verdadeira vida!
ALEXANDRE da Macedônia é considerado o maior gênio da antiguidade. A história deu-lhe o título de “O Grande”. Foi proclamado rei aos 18 anos. Um dos seus sonhos era conquistar Roma, a capital do mundo. Suas tropas chegaram até a Índia, mas, fatigadas, pediram para retornar. E ele foi acometido por uma febre, nas proximidades da Babilônia. De nada valeram os esforços médicos. Morreu aos 33 anos.
POUCO antes de morrer reuniu
generais e poderosos da corte e ditou três determinações para seu funeral:
Queria que o caixão fosse carregado pelos seus médicos para mostrar que eles
não têm poder sobre a vida e a morte; que o caixão fosse coberto pelos seus
tesouros, para que todos vissem que os seus bens materiais aqui conquistados,
aqui permanecem. Por fim, que suas mãos balançassem fora do ataúde, para que
todos pudessem ver que, de mãos vazias nascemos e de mãos vazias partimos.
ONDE VAMOS morrer? Não
sabemos. A morte está presente em toda a parte: Na terra, no ar, no fogo, na
água, nas ruas, nas praças, nas casas, nos hospitais, nas rodovias, nas
guerras… Quando vamos morrer? Também não sabemos! Quem se deita à noite para o
descanso, não tem certeza de se levantar. Quem começa um novo dia, não tem
certeza de chegar à noite. Quem começa a construir uma casa, não tem certeza de
vê-la concluída… Disse Jesus: “Vigiai e orai, porque não sabeis nem o dia e nem
a hora.” (Mt. 25-13).
QUANDO o Papa João Paulo II e a Irmã
Dulce dos Pobres foram sepultados, a multidão, até então silenciosa, prorrompeu
numa salva de palmas. É, por isso, que a sabedoria antiga afirma: “Há mortos
que falam”, isto é, há pessoas que vivem de forma admirável e se constituem na
mais eloquente mensagem para os que ficam. São referências! São modelos a serem
imitados! Gabriel Marcel, filósofo francês, afirmou: “A morte é bela, se a vida
for bela”. Morre-se bem, quando se vive fazendo o bem.
ALEXANDRE aprendeu a arte
militar, mas, também, como viver e morrer. E o cristianismo, tem boas notícias
sobre a morte. Para a pessoa de fé, o que parece morte, torna-se vida, vai para
a “Casa do Pai”. A morte, para quem acredita em Cristo e fez o bem, é uma recompensa.
E São Paulo afirma: “Para mim viver é Cristo e morrer é lucro”. (Fl.1-21). Que
todos nós, no dia de nossa morte, possamos dizer como o Cristo: “Pai, em tuas
mãos entrego meu espirito” (Lc. 23-46).
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