O Esporte Clube Bahia me deu muitas alegrias:
Campeão Brasileiro duas vezes, campeão baiano inúmeras vezes, campeão do Nordeste
e por aí afora. Entretanto, nos tempos atuais não podemos mais confiar num jogo
limpo. Sempre tem uma lambança. Não que antigamente não houvesse. Mas, era
difícil de se detectar. O Bahia teve dois presidentes malandros: Osório Villas
Boas e Paulo Maracajá. Com eles o Bahia
ganhou seus títulos mais importantes, com ou sem malandragem.
Osório Villas Boas sentindo que sua equipe
estava desmotivada para uma final, deu entrevista a imprensa declarando: “Soube
que um dos meus jogadores está “vendido”, não sei quem é, mas, se descobrir entrego
o infeliz para a torcida”. Naquele tempo isso era quase uma sentença de morte,
porque se a torcida descobrisse o infeliz estaria em maus lençóis. O fato é que
colocaram seus corações no bico da chuteira e ganharam o título na marra.
Por sua vez, Paulo Maracajá, sentindo a iminência
de perder o título para o Vitória, que tinha um super time (Andrada, Osni, Fisher,
André Catimba, entre outras feras), mandou buscar na Argentina um jogador
comum, de nome Navarro, que atuava em uma equipe menor daquele país. Quando
chegou aqui seus assessores lhe disseram que aquele jogador não jogaria nem em
time de várzea aqui no Brasil. Mas, Maracajá bateu pé e contratou o rapaz, mas
não botou de início para jogar, deixou-o no banco alegando que ele estava se
recuperando de uma lesão. E assim ficou. O jogador entrava em um jogo e outro
não. Na final do campeonato o jogador
Navarro estava no banco e as manchetes dos jornais diziam: “Mesmo contundido ídolo
fica no banco para dar força ao time”. Bola vai, bola vem, com cerca de 15
minutos de jogo Andrada, que era um senhor goleiro, colocou as mãos no rosto e
desmaiou, caindo de cara no chão. Sofrera uma queda de pressão. Foi substituído,
mas, isso abateu o ânimo do Vitória que o tinha como ídolo e líder dentro do campo.
E o Bahia, que não tinha nada com isso, ganhou o jogo e foi campeão. Descobriu-se depois que Andrada era Gay e
apaixonado pelo jogador Navarro, que ficava no banco jogando beijinhos para o
goleiro e isso o desestabilizava emocionalmente.
Essas malandragens sempre existiram. Mas,
não eram tão chocantes, nem tão acintosas de forma que muito pouca gente tomava
conhecimento. E assim mesmo, só depois do caso passado. Entretanto, com o
passar do tempo a coisa foi ficando escancarada. Inclusive, com a interferência direta de
árbitros e bandeirinhas nos resultados dos jogos. Quem não se lembra de Rui
Rei, goleador da Ponte Preta, que no início de uma final contra o Corinthians reclamou
acintosamente de uma falta xingando e fazendo gestos para o árbitro, que não
teve outra coisa a fazer senão expulsá-lo. O Corinthians foi campeão e logo se
soube que o jogador havia se vendido ao clube, o que se confirmou no início da
temporada seguinte, quando ele estava atuando no “Timão”.
Eu levaria muito tempo falando de todas as
falcatruas que já vi, ouvi e li sobre futebol no Brasil. Fui perdendo o
entusiasmo e ultimamente me conformava em assistir aos jogos só porque gosto de
futebol. Mas, com o que aconteceu no último jogo entre Flamengo e Bahia joguei
a toalha. Não dá para assistir futebol do Brasil. E digo mais: Não creio que a Seleção
Brasileira volte a conquistar uma Copa do Mundo.
O tempo é o senhor da razão!
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