O ex-jogador Romário, atualmente deputado Federal pelo Rio de Janeiro, afirmou que a Copa do Mundo do Brasil será “o maior roubo da história do futebol”. Segundo ele, as obras estão atrasadas propositalmente, para que os governos possam, alegando escassez de tempo, contratar obras sem licitação, o que ocasionará superfaturamento e desvios de verbas sem que haja fiscalização.
Não há como duvidar da afirmação de Romário, pois vivemos uma era em que roubo é o menor dos crimes cometidos contra a sociedade que paga impostos para ter infraestrutura básica como estradas, saneamento limpeza, transporte, iluminação pública, educação, segurança, e tudo o mais que é necessário para que se possa trabalhar e viver com tranqüilidade, conforto e lazer, e não tem nada.
A afirmação de Romário chega num momento em que acabamos de ver na televisão uma matéria que escancara o esquema de propinas no serviço público, que favorece empresas em licitações públicas que envolvem milhões. Para vencer uma licitação basta se pagar propina às pessoas certas.
O curioso dessa história é que todo mundo sabe da corrupção reinante no serviço público, mas foi necessário que repórteres investigassem e mostrassem a rota do “propinoduto” para que o governo e as forças de segurança começassem a agir. Não seria papel deles manter constante vigilância, investigar e levar os corruptos à justiça? Por que só agora, depois que a televisão mostrou é que eles resolveram agir?
Outro episódio emblemático sobre a Copa do Mundo de 2014, foi a saída de Ricardo Teixeira da CBF, deixando em seu lugar José Maria Marins, dirigente da entidade que adquiriu notoriedade por ter sido flagrado por câmaras de TV embolsando uma medalha de ouro numa Olimpíada. Com esse “cartão de visita” começaram a surgir dezenas de casos escabrosos sobre o senhor José Marins por todo canto do País. E não por acaso o jornalista José “Macaco” Simão o apelidou de “Zé das Medalhas”, aludindo a um personagem de novela.
O Brasil vai mal. Os bandidos dominaram os setores mais importantes do governo, a população está impotente para reagir, e a coisa só tende a piorar. Por enquanto, a população ainda toma conhecimento desses fatos escabrosos, mas não se sabe por quanto tempo isso vai durar, porque o que não faltam são esforços dos políticos para amordaçar a imprensa. E quando isso acontecer, ninguém vai ficar sabendo de nada.
Reage Brasil! Agora! Porque amanhã, quando você resolver protestar, talvez já lhe tenham cortado a língua.
E lembrando Castro Alves, que não necessariamente com essas palavras, disse: “Auriverde pendão da minha terra... antes ver-te roto num campo de batalha, que servires a um povo de mortalha”...
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