quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A culpa é das “zelites”


Cristóvam Aguiar

       O Rei Lula (que não é o do baião) sempre afirmou que as “zelites” eram culpadas por tudo de ruim que acontece com o povo brasileiro. E ele está certo. A primeira conotação de “elite” trata de uma parcela minoritária da população que reúne o que há de melhor na sociedade. A flor. A nata. Mas o “Rei”, creio eu, refere-se à segunda conotação, que trata de uma “minoria prestigiada e dominante de uma sociedade, minoria esta composta de indivíduos mais aptos e/ou mais poderosos”

         Entenda-se por mais aptos os artistas, profissionais liberais, empreendedores, sábios, cientistas, professores, etc., outrora também poderosos, mas que há muito perderam espaço para os mais poderosos, ou sejam, os políticos, que, eleitos pelos primeiros para trabalhar para eles, tomaram as rédeas e de cavalos passaram a cavaleiros. E cavaleiros cruéis para com seus antigos empregadores.

         E a partir do momento em que os mais inteligentes perderam o poder para os mais espertos, embora ignorantes, as camadas mais inferiores da população (onde agora se encontram os mais aptos), estão comendo o pão que o diabo amassou. Quem pôde deixar o País (ame-o ou deixe-o, lembram-se?), deixou. E alguns ainda voltam aqui para rever e esnobar os conterrâneos mais desafortunados. Outros porém, ainda trabalham aqui durante a semana, mas suas famílias estão seguras em países civilizados, para onde eles retornam nos finais de semana. São os artistas, jogadores de futebol, modelos e apresentadores de televisão. E, claro, alguns políticos.


         Então, nesta conotação de elite, onde os mais aptos estão fora, são os políticos, como o “Rei Lula”, sua cortesã Dilma, e demais asseclas, quem formam a tal das “zelites” brasileiras, responsáveis, segundo o “Rei”, por tudo que de ruim acontece a nós outros, pobres plebeus, ignaros e desafortunados.

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