quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Vivemos em um mundo mais rico... para quem?

Estamos ficando mais ricos. Certamente não todos nós, nem no planeta nem em todos os países. Mas, em média, um cidadão comum hoje tem padrões de vida superiores aos do passado.
Uma das formas de medir isso é pela quantidade de produtos e serviços produzidos em média por pessoa, o PIB per capita. Para a população global, esse índice subiu quase quatro vezes em seis décadas até 2010.
Há diferenças significativas entre os países: na China, o crescimento foi oito vezes. Na Coreia do Sul e em Taiwan foi ainda maior: em média, o país e o território estão 25 vezes mais ricos do que em 1950.
Outros países, no entanto, a maioria deles na África, viram o PIB per capita diminuir. Na República Democrática do Congo, o padrão médio de vida caiu para menos da metade no mesmo período.

Esses números devem ser lidos com cautela: eles não captam fatores intangíveis que afetam a qualidade de vida, como os laços comunitários ou padrões ambientais. Também há ressalvas técnicas quanto a comparar números em dólares e ajustá-los para levar em conta a inflação e obter termos reais comparáveis durante um longo período de tempo.
Mas os números foram tirados do que é provavelmente o banco de dados histórico mais respeitado, o Projeto Maddison, criado pelo falecido professor Angus Maddison. A história que eles contam é clara: em termos econômicos, o mundo melhorou.
Um benefício disso é que estamos vivendo mais. Em meados do século passado, um bebê recém-nascido tinha uma expectativa de vida de 50 anos. Hoje, a esperança de vida é de 70. Novamente, há variações enormes entre países, mas a tendência é favorável em quase todas as nações (Botswana é a única onde a expectativa de vida caiu, em alguns meses).
Há muitos fatores por trás de vidas mais longas, mas crescimento econômico significa que podemos gastar mais na nossa saúde, nutrição e em água limpa para beber.
A história é parecida se olharmos com cuidado para os padrões de vida: a propriedade de carros aumentou 30% nos primeiros sete anos do século, antes de caírem um pouco durante a recessão global. Esse aumento foi particularmente expressivo em países de renda média e baixa.
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