sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Segunda onda

         Apesar de Feira de Santana estar se saindo muito bem no controle da Pandemia, figurando entre os municípios que tiveram os mais baixos índices de óbitos, o governador Rui Costa se mostra preocupado com uma “segunda onda” que, se vier, será lá pra março ou abril, ou talvez nunca. A gente entende, governador, a sua preocupação em simular cuidados para com a nossa cidade. Cuidados esse que o senhor não teve durante os seus seis anos de mandato, mas que demonstrar agora para ajudar seu candidato a prefeito. Mas em vez de se preocupar com algo que não existe e que provavelmente nunca existirá, o senhor poderia resolver problemas visíveis e palpáveis, como a onda de violência que assola cidade, chegando a ter 9 homicídios em um único dia. 47 no mês passado. Neste mês, até ontem (05) à tarde, oito homicídios.

Aprendendo a viver

A sabedoria popular diz que “quanto mais a gente ensina, mais aprende o que ensinou”. Eu sempre fui desapegado de coisas materiais, mas, não tanto como sou agora na velhice. Por isso me chamou a atenção o que disse a escritora Isabel Allende, 77 anos: “Esta pandemia me tem ensinado a libertar-me de coisas. Nunca foi tão claro para mim que preciso de muito pouco para viver. Não preciso comprar, não preciso de mais roupas, não preciso de ir a lugar nenhum, nem viajar, agora vejo que tenho coisas a mais. Não preciso de mais de dois pratos! Depois, começo a perceber quem são os verdadeiros amigos e as pessoas com quem eu quero estar”.

Judiciário

            Quando um governo vai mal, recorre-se ao impeachment para substituir o chefe do Executivo. Quando o Senado, ou uma Câmara, seja ela Federal, Estadual ou Municipal, vai mal isso pode acontecer. O presidente também pode sofrer impeachment e ser substituído. Mas, quando representantes do Poder Judiciário se portam indignamente, como puni-los? A única punição que representantes do Judiciário sofrem, quando sofrem, é a aposentadoria compulsória com proventos integrais. Isso não é punição, é prêmio. Aqui mesmo, em Feira de Santana, uma jovem juíza foi punida dessa forma. Que felicidade! Na flor da idade não tem mais que trabalhar e recebe um bom salário por toda a vida.

 Judiciário I

            Está todo mundo indignado, comentando, esbravejando, e botando falação nos meios de comunicação e nas redes sociais por conta do absurdo julgamento de um ricaço que teria dopado e estuprado uma jovem. O Julgamento foi uma piada de mau gosto, onde a jovem foi humilhada e torturada psicologicamente, pelo advogado do réu, ante o silêncio do Juiz, do Promotor e do próprio advogado da vítima. Quem levará justiça para aquela jovem? Quem irá puni-los? A coisa foi tão tenebrosa, que há pessoas que passam mal só em assistir ao vídeo do tal “julgamento”. Ironizando o comportamento dos representantes da Justiça, jornalista do site Intercept disse que o réu foi absolvido porque foi um “estupro culposo”, ou seja, não houve “intenção de estuprar.

Põe que?

            É tão difícil aceitar o resultado de uma eleição limpa? É tão difícil reconhecer que temos um presidente que faz as coisas que gostaríamos que outros tivessem feito? É tão fácil repelir a verdade e abraçar narrativas que convém aos nossos interesses particulares? Ainda damos ouvidos a uma imprensa mentirosa e caluniadora, que defende interesses estrangeiros a ataca os interesses nacionais? É tão difícil reconhecer o talento e a competência das pessoas? Estamos destruindo nossos valores mais caros como a família. Repelimos a palavra cristã e fazemos apologia a falsos pastores? Preferimos canções que enaltecem drogas, sexo e violência? É tão difícil reconhecer que ainda existem pessoas honestas e sinceras? Temos tanta inveja do sucesso dos outros que tentamos desqualificá-los e destruí-los? É tão difícil reconhecer nossos erros? É tão difícil perdoar e pedir perdão? Rejeitamos a Democracia que liberta e abraçamos o Comunismo que escraviza? Valorizamos o estrangeiro e depreciamos o nosso País? Queremos ideias prontas em vez de pensar por nós mesmos? Não somos gentis em vez de grosseiros?

Chaplin disse: Não sois máquinas. Homens é o que sois. E eu digo: Não somos feras. Humanos, é o que somos.

Dica musical

            A minha dica musical desta semana é Como os nossos pais, de Belchior, com Elis Regina. A letra nos diz que apesar de termos feito tudo o que fizemos (na juventude) somos iguais aos nossos pais. Isso não é um demérito em si, mas passa a ser quando cometemos os mesmos erros que eles. Em seguida fala de que os nossos ídolos (políticos, artistas, intelectuais, professores etc.) ainda são os mesmos. Nos diz também que as aparências não enganam, o que é uma grande verdade. Pode-se afirmar que a primeira impressão que temos é, na maioria das vezes, a verdadeira, e cedo ou tarde isso irá se confirmar. Quantas pessoas conhecemos que acompanham as preferências dos seus filhos pela vida afora, compartilhando as coisas novas e novos ídolos que surgem nos diversos campos da arte. Geralmente entendemos que, depois dos nossos ídolos, não apareceu mais ninguém digno da nossa atenção ou admiração. Tudo isso porque amamos o nosso passado e não conseguimos ver esta verdade: O novo sempre vem! Confira a música no vídeo:


Philosopher

“Envelhecer é um processo extraordinário em que você se torna a pessoa que você sempre deveria ter sido”. (David Bowie)

            É quando a gente entra naquela fase em que começa a pensar que deveria ter feito mais disso, não fazer aquilo, e se desespera porque não pode voltar no tempo para fazer o que não fez e o que deveria ter feito. É melhor se arrepender pelo que fez, do que pelo que deixou de fazer. Porque se errou, sempre pode reparar o erro ou pedir perdão a quem foi afetado pelo erro. Mas, o que deixou de fazer, dói mais. Algumas pessoas erram menos durante a trajetória e conseguem chegar à velhice sendo o que sempre quis ser, porque erraram menos e foram mais corajosos fazendo o que desejaram fazer. Muitos não conseguem. Mas, nem tudo está perdido, se a partir de uma certa idade você se esforça em se melhorar como pessoa e a fazer as coisas certas. Aí você poderá vir a ser aquela pessoa que sempre deveria ter sido. E quando isso acontece o sentimento de missão cumprida e a felicidade são indescritíveis.

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Por hoje é só que agora eu vou ali meditar sobre o que está acontecendo conosco

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