segunda-feira, 10 de junho de 2024

Crônica de segunda - O ex país do futebol

        

    Considerado o País do futebol, sendo detentor de cinco Copas do Mundo, o Brasil está há 22 anos tentando recuperar a sua hegemonia. E não há sinais de que vai conseguir.  E não é por falta de bons jogadores, afinal ainda somos os maiores exportadores de craques para clubes de futebol do mundo inteiro. Mas, a ganância dos dirigentes e os interesses dos patrocinadores falando mais alto do que a técnica, não permite que formemos seleções de verdadeiros craques. Quem escolhe os integrantes para a seleção brasileira não é a comissão técnica e sim os patrocinadores. Dessa forma, nunca são escolhidos os melhores. Porém aqueles cujo donos do dinheiro pagam mais pelas escolhas.

         Com  a qualidade técnica relegada a segundo plano, nunca conseguimos formar uma verdadeira seleção de craques. Junte-se a isso, os interesses de donos de clubes, técnicos de futebol e empresários de jogadores. Temos a maior vitrine para jogadores de futebol do mundo. São mais de 200 milhões lotando os estádios e incentivando nossos jogadores. Com isso, o mercado internacional está sempre aquecido e os nossos melhores profissionais vão sempre parar em clubes estrangeiros pelo mundo inteiro. Isso, por si só, já dificulta muito um bom selecionado.

         Se houvesse honestidade na escolha teríamos sempre a seleção mais forte nos torneios internacionais. Porém, não é o que acontece. Está aí a Alemanha que não me deixa mentir, pois aplicou 7 X 1 na nossa seleção em pleno Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.

         A desonestidade nas competições é gritante. Recentemente foi eleito presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, ex-presidente do Esporte Clube Vitória – Ba, que envidou todos os seus esforços para fazer campeão baiano o seu time do coração. Pouco adiantou, já que o clube está amargando o último lugar no campeonato Brasileiro da série A, tendo conquistado apenas dois pontos até agora. Enquanto isso, o Esporte Clube Bahia, que está sendo regido por um grupo financeiro, divide a liderança do campeonato com o Flamengo. Fica evidente que independente da vontade dos dirigentes vence sempre o melhor.

         É o que acontece com a  Seleção Brasileira. Enquanto os jogadores forem escolhidos por interesses pessoais de quem quer que seja, nunca conquistaremos um torneio internacional. Junte-se a isto o crescente interesse dos Chineses nos nossos torneios esportivos, abrindo casas de apostas em todo o território nacional, onde as pessoas apostam até em quantos escanteios, quantas faltas, quantos pênaltis, serão marcados, um verdadeiro fatiamento das partidas oficiais de futebol pelo Brasil afora. Tudo isso em prejuízo unicamente da qualidade técnica do torneio.

         Triste! Muito triste!

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