Considerado o País do futebol, sendo detentor de cinco Copas do Mundo, o Brasil está há 22 anos tentando recuperar a sua hegemonia. E não há sinais de que vai conseguir. E não é por falta de bons jogadores, afinal ainda somos os maiores exportadores de craques para clubes de futebol do mundo inteiro. Mas, a ganância dos dirigentes e os interesses dos patrocinadores falando mais alto do que a técnica, não permite que formemos seleções de verdadeiros craques. Quem escolhe os integrantes para a seleção brasileira não é a comissão técnica e sim os patrocinadores. Dessa forma, nunca são escolhidos os melhores. Porém aqueles cujo donos do dinheiro pagam mais pelas escolhas.
Com
a qualidade técnica relegada a segundo plano, nunca conseguimos formar
uma verdadeira seleção de craques. Junte-se a isso, os interesses de donos de
clubes, técnicos de futebol e empresários de jogadores. Temos a maior vitrine
para jogadores de futebol do mundo. São mais de 200 milhões lotando os estádios
e incentivando nossos jogadores. Com isso, o mercado internacional está sempre
aquecido e os nossos melhores profissionais vão sempre parar em clubes
estrangeiros pelo mundo inteiro. Isso, por si só, já dificulta muito um bom
selecionado.
Se houvesse honestidade na escolha
teríamos sempre a seleção mais forte nos torneios internacionais. Porém, não é
o que acontece. Está aí a Alemanha que não me deixa mentir, pois aplicou 7 X 1
na nossa seleção em pleno
Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.
A
desonestidade nas competições é gritante. Recentemente foi eleito presidente da
CBF Ednaldo Rodrigues, ex-presidente do Esporte Clube Vitória – Ba, que envidou
todos os seus esforços para fazer campeão baiano o seu time do coração. Pouco
adiantou, já que o clube está amargando o último lugar no campeonato Brasileiro
da série A, tendo conquistado apenas dois pontos até agora. Enquanto isso, o
Esporte Clube Bahia, que está sendo regido por um grupo financeiro, divide a
liderança do campeonato com o Flamengo. Fica evidente que independente da
vontade dos dirigentes vence sempre o melhor.
É o que acontece com a Seleção Brasileira. Enquanto os jogadores
forem escolhidos por interesses pessoais de quem quer que seja, nunca
conquistaremos um torneio internacional. Junte-se a isto o crescente interesse
dos Chineses nos nossos torneios esportivos, abrindo casas de apostas em todo o
território nacional, onde as pessoas apostam até em quantos escanteios, quantas
faltas, quantos pênaltis, serão marcados, um verdadeiro fatiamento das partidas
oficiais de futebol pelo Brasil afora. Tudo isso em prejuízo unicamente da
qualidade técnica do torneio.
Triste! Muito triste!
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