Estes movimentos modernosos da época incluíam canções como Garota de Ipanema, pela Bossa Nova, Quero que vá tudo pro inferno, da Jovem Guarda e Tropicália, primeiro grande sucesso do Tropicalismo. Até o final dos anos 70 estes ritmos predominaram na Música Popular Brasileira. Só a partir dos anos 80 novas canções predominaram no cancioneiro popular brasileiro, classificados como MPB.
Um tipo de música, entretanto, permaneceu
inalterado durante todo esse tempo até os dias de hoje. Trata-se do forró. O ritmo
nordestino que anima as festas juninas. O tempo passou e ele sofreu pouquíssimas
alterações, sempre bem aceitas pelos amantes do forró. As chamadas músicas
juninas passaram por algumas variações, inclusive, pelo forró pornográfico,
mas, até a isso sobreviveu shot, baião e xaxado sempre se mantiveram firmes em
suas posições na preferência popular.
A partir do ano 2000, se o mundo não
acabou, a MPB sofreu grande derrota. Hoje o que se houve diariamente pelas
emissoras de rádio é música de má qualidade, pornográfica e gravada por gente
que se quer sabe tocar. É um horror. Para
piorar a situação as músicas são gravadas sem qualquer critério técnico e não
são gravadas em estúdios, muitas vezes até através de um aparelho celular. Os
quesitos de qualidade como voz e talento não existem mais. Vale tudo. Não é
incomum ouvir alguém cantando uma música qualquer cometendo os mais simples
erros de linguagem. As pessoas parecem não se interessarem pela letra da canção
e nem mesmo pela melodia. Qualquer barulho é música aos ouvidos dessa gente. Qualquer músico do século passado (ou seja,
apenas 20 anos atrás) se tivesse parado no tempo e chegasse aqui agora ficaria
horrorizado com o que estaria ouvindo. Mas, a vida se renova e o mundo sempre
consegue se reinventar. Afinal saímos destroçados da segunda guerra mundial,
nos recuperamos e vivemos por seis décadas de bons momentos. Não só na música
como em tudo o mais em nossas vidas. Porém, esta época em que estamos vivendo
agora, além de coisas ruins, todo tipo
de transgressão e perversão não nos deixa nem mesmo o alento de ouvirmos alguma
música que preste.
É mesmo o fim dos tempos!
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