OUTUBRO-ROSA
Sou rosa-bonina
Sou flor-cor para elas
Sou cor-flor, para eles.
Para alguns, rosa-letrada.
Sou rosa menina
Sou amor-flor para eles
Sou flor-amor para elas.
Sou Rosa-amada,
Sou rosa-choque,
Sou escura, sou ‘pink’.
Sou doçura.
Sou Rita Lee
Não me provoque,
Sou rosa-choque.
Sou rosa-amor,
Rosa-emoção, rosa-carinho.
Sou sedução.
Sou rosa da Mangueira,
a verde-escola
dos ziriguiduns do samba.
Sou rosa-outubro,
Branca, amarela, rosa
ou vermelho-rubro.
Meu coração é rosa-sangue.
Mesclado com a alvura
de angelinas asas,
converte em róseo
o amor pela cor-flor.
Um dia, amei Rosa.
Flor do deserto,
Em um outubro-rosa
desertou de viver.
Sua eterna ausência,
Fez-me órfão
de seus aconchegos literários
Rosas,
mulheres ou flores, sejam,
não morrem, dizem.
Talvez por isso,
seja verde a esperança
que habita n'alma
dos que, como eu,
as rosas, amam.
.
Hugo Adão de Bittencourt Carvalho (1941), economista, cronista, é autor do livro virtual
Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas
e Palavras ao Vento,
participa do Colares – Coletivo Literário Arte
de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos - Ba
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