domingo, 23 de junho de 2024

 


OUTUBRO-ROSA

 

Sou rosa-bonina

Sou flor-cor para elas 

Sou cor-flor, para eles.

Para alguns, rosa-letrada.

 

Sou rosa menina

Sou amor-flor para eles

Sou flor-amor para elas.

 Quando mulher.

Sou Rosa-amada,

 

Sou rosa-choque,

Sou escura, sou ‘pink’.

Sou doçura.

 

Sou Rita Lee

Não me provoque,

Sou rosa-choque.

 

Sou rosa-amor,

Rosa-emoção, rosa-carinho.

Sou sedução.

 

Sou rosa da Mangueira,

a verde-escola

dos ziriguiduns do samba.

 

Sou rosa-outubro,

Branca, amarela, rosa

ou vermelho-rubro.

 

Meu coração é rosa-sangue.

 

Mesclado com a alvura

de angelinas asas,

converte em róseo

o amor pela cor-flor.

 

Um dia, amei Rosa.

Flor do deserto,

Em um outubro-rosa

desertou de viver.

 

Sua eterna ausência,

Fez-me órfão

de seus aconchegos literários

 

Rosas,

mulheres ou flores, sejam,

não morrem, dizem.

 

Talvez por isso,

seja verde a esperança

que habita n'alma

dos que, como eu,

as rosas, amam.

.

Hugo Adão de Bittencourt Carvalho (1941), economista, cronista, é autor do livro virtual

Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas e Palavras ao Vento,

participa do Colares – Coletivo Literário Arte de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos - Ba
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http://livrodoscharutos.blogspot.com

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