sábado, 29 de junho de 2024


 Qui Nem Jiló

         Encerrando o ciclo de músicas juninas, vamos mostrar esta canção lançada em 1949 e depois regravada por diversos nomes da nossa música popular brasileira como Gilberto Gil, Dominguinhos, Anastácia, Simone, Alcione, Gal Costa, Elba Ramalho e Lucy Alves, Qui Nem Jiló. De autoria de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, essa é ainda hoje uma das músicas mais tocadas, especialmente nos festejos juninos.

É uma marca dos nordestinos usar metáforas para representar os sentimentos. Nesta letra os autores conseguem incluir o fruto jiló em forma de poesia. Na canção, a amargura do fruto é comparada às dores de uma saudade. E os compositores trazem um remédio interessante para “amenizar” essa saudade: cantar! “Ai quem me dera voltar/ Pros braços do meu xodó/ Saudade assim faz roer/ E amarga qui nem jiló/ Mas ninguém pode dizer/ Que me viu triste a chorar/ Saudade, o meu remédio é cantar.”

 Confira o vídeo com Lucy Alves interpretando Qui Nem Jiló.


Qui nem jiló

 

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

 

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer

 

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar.

 

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