domingo, 27 de julho de 2014

Pediatra. Uma especialidade em extinção



 


         Profissão criada no final do século XIX, o pediatra é o médico que cuida não só da criança e do adolescente, mas que também acolhe os pais e toda a família durante uma consulta. Orienta, acalma, alerta e acompanha de perto toda a evolução do seu jovem paciente. O dia 27 de julho, é dedicado a este profissional, instituído a partir da fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria, em 1910.

Há algum tempo os noticiários dão conta da escassez de profissionais pediatras no Brasil. Atualmente o Brasil tem cerca de 32 mil pediatras (são quase 400 mil médicos registrados no Conselho Federal de Medicina. Além do número ser bastante aquém das necessidades, muitos estão fechando seus consultórios e migrando para os hospitais, devido à baixa remuneração dos planos de saúde (em média R$ 66,00 por consulta). Essa migração para os hospitais, sobrecarrega os que ainda resistem nos consultórios. Também torna mais difícil uma relação próxima com a criança.

É comum as queixas de mães que tem que esperar até dois meses para conseguir uma consulta para um filho com um pediatra através dos planos de saúde. Nos ambulatórios e postos de saúde também há a mesma carência.

Até uns quinze anos atrás, um quarto dos alunos de cada turma das faculdades e medicina tinham preferência por pediatria. Por que será que os estudantes atualmente não querem mais saber de pediatria? Relatos de estudantes residentes mostram que eles preferem especialidades que tenham procedimentos – exames, cirurgias, ações pagas à parte, porque isso leva a uma melhor remuneração. Na pediatria isso é raro. O dia-a-dia é feito só de consultas. E consultas demoradas. Sem contar os telefonemas em casa qualquer hora do dia ou da noite.

Resumindo: O pediatra trabalha muito, recebe telefonema em casa, tem que estar à disposição da família. E ganha pouco.



Pós-graduação 

A pediatria pode ser considerada uma pós-graduação do curso de medicina. Após o término da faculdade, que dura seis anos, o médico faz um curso especial voltado exclusivamente para pediatria, com duração de dois anos. Esta é a chamada residência médica.

Na residência médica, o futuro pediatra em formação adquire o conhecimento e as habilidades necessárias para tratar uma ampla gama de condições, de doenças benignas da infância até doenças mais graves.

Após a conclusão de residência médica, o pediatra está habilitado a fazer um exame escrito, aplicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É a prova para "Título de Especialista em Pediatria".

Uma vez aprovado, é emitido um certificado, que você provavelmente vai ver pendurado na parede do consultório do pediatra.

Na sequência, alguns pediatras optam por um adicional de um a três anos de formação nas especialidades, tais como neonatologia (cuidados de recém-nascidos doentes e prematuros), cardiologia pediátrica (diagnóstico e tratamento de problemas do coração em crianças) ou hebiatria (atenção à saúde do adolescente), por exemplo.

Estes especialistas são em geral consultados quando um paciente desenvolve problemas incomuns ou especiais.




(Com informações do site http://www.pediatriabrasil.com.br)

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