
Vivemos sob o manto do temor, do sono inquieto, do andar apressado e
vigilante, como se estivéssemos em um planeta selvagem e inóspito e não
na segunda cidade da Bahia. Aliás, a Bahia tem 5 das cidades mais
violentas do Brasil. No último fim de semana, Salvador, viveu uma
carnificina com 30 mortos, e, nesse fim de semana, foi a vez de Feira,
com 18 mortos. Se considerarmos o número de habitantes em relação à
capital veremos que o feiroeste parece ter-se instalado de vez no
município.
A Bahia teve um aumento de 98% no número de crimes em 10 anos. Estamos
encarcerados, reféns entre grades, veículos blindados, olhares
suspeitos, horários intransitáveis e cada vez mais dependemos da sorte,
da desconfiança extrema e da renúncia a liberdade. E não encontramos
respostas em nossos líderes políticos, pois, é como se houvesse uma
guerra perdida. Eles prometem nos proteger a cada eleição, mas o que
vemos é que estamos sós e eles não conseguem nos ajudar, dia após dia,
mês após mês, ano após ano, medo após medo.
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