Quando os shows cresceram em volume
de pessoas e sons, vieram logo as reclamações por parte de quem é a razão de
ser da Exposição Agropecuária: os pecuaristas. Eles alegavam que o volume de
som alto estressava os animais e não deixavam os tratadores destes dormirem o necessário
para voltar a lida diária em perfeitas condições de trabalho. A coisa cresceu tanto
que já não se via razão de continuar, porque tomou proporções de micareta fora
de época e, principalmente, fora de lugar. Eram muitas as reclamações, já não
só por parte dos pecuaristas, dos quais muitos deixaram de participar do
evento, mas, também das pessoas que entendiam que aquele tipo de evento sonorizado
não tinha nada em comum com a característica da Exposição, cujo objetivo principal
é a realização de negócios agropecuários.
Os únicos beneficiados com os shows artísticos
eram os empresários das bandas, os artistas e toda a fauna que gravita em torno
de shows artísticos: barraqueiros, vendedores ambulantes, ladrões e outros que
tais. Sendo assim nada mais acertado do que extinguir os shows musicais, deixando
a sonorização do parque a cargo de levar música ambiente para entreter
trabalhadores e visitantes e utilizar o espaço destinado aos shows a algo mais
útil aos eventos, tais como estacionamento, capineiras, ou, quem sabe, novas
baias. Esse sempre foi o desejo de todos que fazem o evento acontecer e que
agora podem trabalhar em paz.
E então, como disse de início, o
prefeito Colbert Martins ao cancelar os shows marcou um verdadeiro golaço.
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