As mudanças necessárias no setor educacional devem observar os princípios da sustentabilidade. Este certamente é um desafio que nos envolve a todos enquanto comunidade, destacou o prefeito Colbert Martins Filho durante o Seminário Inovação na Educação para a Sustentabilidade. O evento, que integra a programação do aniversário de 189 anos de Feira de Santana, ocorreu nesta terça-feira, 13, no Teatro do Sesc.
O seminário promoveu uma série de discussões atuais e importantes para a implementação de ações que visam tornar a educação mais integrada à sustentabilidade. Secretários de Educação de diversas cidades, gestores escolares, professores, representantes de instituições públicas e privadas prestigiaram o evento, conhecendo proposições e exemplos práticos das ações já realizadas no município.
“O futuro está muito próximo. Temos que fazer essas mudanças agora. Portanto, precisamos garantir que este porvir seja um pouco melhor, respeitando os valores da convivência humana e os princípios ambientais relevantes. O ambiente educacional é o local mais propício para este debate”, defendeu a secretária de Educação, professora Anaci Paim. “A partir do seminário vamos criar um fórum permanente para as temáticas ambientais e sustentáveis no município”, pontuou.
SUSTENTABILIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
De modo geral, o evento chamou a atenção da sociedade como agente transformador do meio em que vivemos. Segundo a ex-primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, o “desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades". Este conceito foi difundido pela ministra em 1987.
Para garantir este desenvolvimento, o administrador e diretor do WorldWatch Institute no Brasil (WWI), Eduardo Athayde, propôs que os participantes repensassem “os espaços que estamos ocupando para que possamos educar quem vem agora”.
A partir de uma visão mais administrativa e empreendedora, Athayde apresentou suas ideias no painel “Inovando e re-educando para a sustentabilidade”. O administrador destacou conceitos geopolíticos, linkando a visão global com a local (Feira de Santana), para ilustrar como o mundo é conectado. Desta forma, mudanças na realidade local refletem globalmente. Para ele, as empresas precisam ser atuantes na educação para que haja mudanças significativas no presente e no futuro.
A professora Cleunice Rehem, presidente da Associação Nacional BRASILTEC, entidade que congrega instituições de Educação profissional e tecnológica, destacou ações sustentáveis nas escolas de ensino fundamental.
Rehem, que é mestra em educação e gestão pública, disse que a escola é a base para transformações sustentáveis. “É necessário entender que as unidades escolares devem orientar as presentes e futuras gerações sobre as mudanças sociais e ambientais.
AÇÕES SUSTENTÁVEIS SÃO RESPONSABILIDADE DE TODOS
Para a professora doutora Maria Luciana Nóbrega, que representou o Ministério da Educação no evento, os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) precisam ser implementados dentro e fora de sala de aula.
Luciana, que é coordenadora geral de Gestão Estratégica da Educação Básica, do MEC, elencou os pilares de algumas políticas públicas que fortalecem a temática. Segundo ela, o próprio PNEA é um dos documentos que devem provocar os agentes públicos e privados a refletirem para a construção de alternativas em torno do objetivo em comum.
Outro recurso citado foi o caderno introdutório “Educação para o desenvolvimento sustentável na escola”, criado pelo MEC em parceria com a Unesco. A professora enfatizou que “sustentabilidade não é assunto de um professor que apenas gosta do meio ambiente, porque não é algo sazonal. Deve ser debatida o ano inteiro”.
A doutora enfatiza que só será possível um novo comportamento a partir de uma mudança de ótica sobre o que é sustentabilidade, tornando-a uma responsabilidade de todos.
O seminário também apresentou cases sobre as ações desenvolvidas pelas escolas municipais na área ambiental, como o projeto Escola Lixo Zero, da Escola Municipal Josenita Nery, ou a Horta Comunitária na Escola como Estratégia de Apoio e Segurança Alimentar e Nutricional, do Centro Integrado de Educação Municipal Joselito Amorim.
Informações: Secom/PMFSA
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