Neste sábado, dia 25 de março, será celebrada uma missa em ação de graças na Catedral de Senhora Santana (Igreja Matriz), a partir das 19h, em comemoração conjunta pelo aniversário de 155 anos da Sociedade Filarmônica 25 de Março e pelos 130 anos da Guarda Civil Municipal de Feira de Santana.
A celebração contará com a presença também da Sociedade Litero Musical 25 de Dezembro (Filarmônica de Irará) e do prefeito Colbert Martins Filho.
Filarmônica
Em entrevista ao Acorda Cidade, o Maestro Antônio Neves destacou a alegria e o orgulho de comemorar a data.
“É uma alegria para nós, que fazemos parte desta instituição, estarmos comemorando essa data, pois a gente sabe que não é fácil manter uma instituição cultural neste país, e chegar a essa idade é motivo de muito orgulho para Feira de Santana. A Sociedade Filarmônica 25 de Março traz consigo uma tradição das bandas de música do interior do estado da Bahia e do Brasil com um serviço cultural, musical e artístico muito importante, por ela passaram diversos mestres, como Estevão Moura, Tertuliano Ferreira Santos, Amando Nobre, que são muito importantes na nossa região e deixaram um legado de mais de 600 obras musicais, que muita orgulha nossa terra, nossa cidade”, salientou o maestro.
Legado da 25 de março
Ele recordou que nestes 155 anos passaram pelos quadros sociais da filarmônica grandes nomes como João Martins da Silva, João Marinho Falcão, Joselito Amorim e tantos outros que contribuíram com a entidade, e investiram na cultura e na arte de Feira de Santana.
“Vamos ter a missa em ação de graças, porque essa é uma tradição que a instituição tem, nossos antepassados sempre fizeram isso, então estamos seguindo os passos deles, a fim de que a gente esteja sempre renovando nossa fé nessa entidade. Vamos ter a participação da Sociedade Litero Musical 25 de Dezembro, que é a Filarmônica de Irará, presidida pelo Sérgio Cerqueira, e o maestro é Levi Maia, que realmente fazem um trabalho brilhante na cidade.”
Segundo o maestro Antônio Neves, além de participar de momentos cívicos e festas populares, as filarmônicas também mantém a tradição de acompanhar funerais.
Entre as obras gravadas pela Sociedade Filarmônica 25 de março está a música ‘Lágrimas’, que é uma marcha fúnebre que se tocava antigamente nas procissões do Senhor Morto, de autoria do professor Estevão Moura.
“Poucas sociedades filarmônicas têm essa peça em seu acervo. A obra de Estevão Moura é valorizada no país inteiro. Gravamos em um projeto quatro peças, que foram o Hino Municipal de Manoel Tranquilino Bastos, que é anterior ao hino de Georgina Erisman, de 1899, gravamos o Hino à Feira, de Georgina Erisman, e gravamos também o Dobrado Coronel Pedra, que foi um ex-presidente da Filarmônica, responsável por reativar a banda em 1932, e essa peça acompanha a banda musical desde essa época. A tocamos no centenário também no Rio de Janeiro, nas escadarias do Teatro Municipal, e essa é uma forma de manter o nosso legado e a nossa tradição”, frisou.
130 anos da Guarda Municipal
O atual comandante da Guarda Municipal de Feira de Santana, Itamar Soares da Cruz, ressaltou que a instituição fará a programação conjunta com a Filarmônica na Catedral de Santana, e após a missa haverá uma programação com o prefeito, em que ele estará fazendo revista à tropa.
Atualmente, a Guarda Municipal conta com 140 homens e 59 mulheres. E, segundo o subcomandante, Marcos Dantas, a instituição foi idealizada e criada pelo Intendente Freire, em 1893.
“Ele criou a Guarda Municipal, no decreto segundo, com quatro integrantes: um comandante, um subcomandante e dois praças. E esses quatro eram responsáveis por fazer a segurança da cidade, proteção do patrimônio, proteção diurna e noturna, e com o passar do tempo a Guarda foi adquirindo mais integrantes, conhecimento e formação. Segundo os registros, até a década de 50, nós tivemos a Guarda fazendo exclusivamente a segurança pública do município”, contou.
Ele destacou que a Guarda era responsável por fazer a proteção da Cadeia Pública, acender as luminárias da cidade, a proteção da feira da Getúlio Vargas, dos matadouros, das porteiras dos currais, das balanças de pesar, entre outras atribuições.
“A guarda sempre teve esse papel de apoiar e contribuir com a segurança pública. Com o passar do tempo, ela foi adquirindo uma gestão mais interna, mas estamos há 130 anos contribuindo da melhor forma possível para a nossa cidade”, acrescentou.
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