Se eu viesse...
Se eu viesse a lhes falar de cores,
poderia muito lhes dizer sobre charutos.
Afinal há neles, incontáveis tons,
variando dos marrons, quase negros,
passando pelos colorados,
uns menos, outros mais avermelhados,
havendo os esverdeados,
chegando aos tons amarelados,
pálidos, quase desmaiados.
não me limitaria
a lhes falar de cafés, de uísques.
Certamente algo lhes diria
sobre os charutos
e as misturas complexas,
dos vários tipos de fumos,
que dão caráter próprio a cada um deles.
Se eu viesse a lhes falar
de magia,
às artes circenses,
às crenças medievais,
às sociedades secretas,
não me restringiria.
Iria, sem dúvida,
lhes falar do encanto mágico do charuto.
Seja quando surgiu em rituais,
seja depois,
quando se fez símbolo de status,
de poder e de algo mais.
por certo, que além de lhes falar de mel,
eu lhes diria
do quanto é doce o charuto,
quando preparado,
com um bom tabaco,
bem curado.
lhes falaria,
charutos em suas caixas,
retratos de uma confraria,
dedos de uma mesma mão.
Parecem-se muito,
mas iguais não são.
Mas hoje não irei falar de coisas tais.
Coloridas, complexas,
mágicas, doces e fraternas.
Que sinto dos meus amigos,
quanto sinto dos meus charutos,
quando não estão cá, a meu lado.
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