(Por ocasião das besteiras que o atual presidente do Brasil disse acerca do Holocausto)
Ouvindo os comentários sobre a política mundial eu fico a me perguntar: estamos fazendo a coisa certa? Mais ainda. O que seria a coisa certa a fazer? Depois da segunda guerra mundial o mundo ficou muito dividido, porém, quem teve mais a perder foram os japoneses. Aliados dos derrotados Nazistas, receberam o duro golpe das bombas de Hiroshima e Nagazaki. Com muito trabalho e disciplina tiveram uma recuperação impressionante e se tornaram uma das nações mais ricas do mundo. Diga-se de passagem, sem aumentar um palmo sequer do seu território original.
Enquanto isso, o resto do mundo
continuou em guerra. Uma guerra surda, sem bombas e fuzis, mas, com muito
discurso e disputas territoriais e tecnológicas. E os Russos chegaram primeiro
ao espaço. Mas, quem o conquistou foram os americanos, pois chegaram à lua. O
resultado prático disso foi o legado tecnológico deixado pela pesquisa
espacial. Até pouco tempo ainda estávamos recebendo herança tecnológica
resultante destas pesquisas.
O mundo evoluiu tecnologicamente,
porém, no cerne o ser humano continua nas cavernas. Já não existem as grandes
guerras. Mas, engana-se quem pensa que elas terminaram. A Otan e o Pacto de
Varsóvia continuaram com suas tropas mobilizadas, agora para municiar pequenas
nações beligerantes da Asia, da África e da América do Sul. Isso quer dizer que
os que aprenderam nas duas grandes guerras não se agridem mais diretamente.
Porém, agridem as Nações que ainda não compreenderam que as guerras só as
conduzem a discórdia e discussão. Enquanto isso os fabricantes de armas vão
muito bem, obrigado, atendendo aos seus mercados.
Tudo isso acontece porque continuamos a
viver na base do “nós contra eles”. Muito embora quase ninguém saiba quem são
“nós e quem são eles.” Me faz lembrar uma música antiga: “Tanta gente só para
nos dizer como a gente vive ou vai viver. Gente que como a gente nasceu, mas,
que como a gente, não viveu.” As guerras continuam acontecendo, as armas
continuam sendo fabricadas e aprimoradas, e nunca se matou tanta gente como
atualmente nestes ditos “dias de paz.”
Percebe-se claramente que a grande
maioria das pessoas quer viver em paz, trabalhando e produzindo para o bem-estar
de todos. O problema é que uma grande parte quer viver em paz, vivendo às
custas do trabalho dos outros. É aí que a porca torce o rabo! Para manter seus
privilégios e aumentar seus lucros os espertalhões fomenta o partidarismo político
que nos leva a uma luta insana de irmãos contra irmãos. Na briga de cães sem
dono, estes lutam pelas migalhas que caem das mesas do banquete dos poderosos.
E não percebem que a vida assim fomenta sua própria desgraça.
Eu ainda sonho com aquele mundo sonhado por John Lennon:
“Imagine não haver o paraíso
É
fácil se você tentar
Nenhum
Inferno abaixo de nós
Acima
de nós, só o céu
Imagine
todas as pessoas
Vivendo
o presente
Imagine
que não houvesse nenhum país
Não
é difícil imaginar
Nenhum
motivo para matar ou morrer
E
nem religião, também
Imagine
todas as pessoas
Vivendo
a vida em paz” ...
Realmente não é fácil, mas, nós precisamos urgentemente começar a pensar assim.
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