Foto: Raíssa Ribeiro
Em 2023, o Governo Federal ampliou o compromisso do país com a redução da emissão de gases de efeito estufa com intenção de restringir o lançamento para 48% até 2025. Pensando em uma possibilidade de produto que colabore com a causa, estudantes do Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, localizado no município de Santa Bárbara, desenvolveram um biodiesel a partir do óleo de licuri.
De acordo com Adrian de Lima, jovem cientista, a escolha do extrato da planta, também chamada de “palmeira sertaneja”, como principal componente do produto foi um incentivo da orientadora Hevelynn Martins. “A professora sugeriu que o projeto valorizasse o nosso território local. Por isso, sabendo que o licuri é abundante na região, nos desafiamos a produzir um combustível utilizando o óleo extraído dele”, conta.
O produto que, segundo a equipe, pode substituir de modo parcial ou totalmente o diesel fóssil, contribui com a redução de gases do efeito estufa. “O biodiesel de licuri apresenta um conjunto de vantagens em relação ao biodiesel tradicional, sendo assim uma opção mais sustentável e eficiente. Além disso, a produção desse combustível contribui com o desenvolvimento de regiões semiáridas e a diversificação da matriz energética”, afirma.
O resultado positivo deve-se às características físico-químicas do óleo da amêndoa do licuri, que são adequadas para a produção do biocombustível. “A alta estabilidade oxidativa e baixo teor de ácidos graxos livres são atributos que possibilitam o desenvolvimento de um biodiesel limpo e renovável”, explica. “Nosso projeto está 100% associado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O biodiesel à base dos fluídos da palmeira é uma possibilidade segura para o meio ambiente”, complementa.
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