segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Marta suspensa por dois jogos. Bem-feito pra ela

         

Quem assistiu ao jogo em que a Marta foi expulsa afirma que foi um lance casual e que, no máximo, poderia ser dado um cartão amarelo à jogadora brasileira. Mas, é bem-feito para Marta ou para qualquer atleta do futebol brasileiro que queira disputar um torneio. Sempre fomos respeitados ou odiados por nossos adversários nesses esportes. Porém, já há algum tempo perdemos esse respeito pelo fato de não praticarmos mais um bom futebol e, principalmente, por conta das falcatruas que envolvem patrocinadores e dirigentes deste esporte.  Eu entendo a necessidade de jogadores em defender o pão de cada dia. Mas não perdoou a ganância dos dirigentes que colocam seus interesses pessoais acima da boa prática esportiva.
           Há um bom tempo deixei de torcer por qualquer equipe, limito-me a assistir algum jogo que possa ser interessante. Porém, ao menor sinal de fraude eu desisto e vou procurar coisa melhor para fazer. Talvez por causa das fraudes promovidas pelos dirigentes brasileiros, nosso futebol perdeu o respeito dos seus adversários internacionais, que passaram a nos hostilizar como se fossemos tão trambiqueiros que não deveríamos se quer disputar torneios internacionais com clubes de países que se dão ao respeito.

         O futebol sempre foi um lenitivo para as nossas dores diárias. Era a nossa válvula de escape para extravasar os sentimentos tristes do nosso dia a dia. Contudo, do jeito que as coisas estão atualmente nem pra isso o futebol serve mais. Nunca mais ganhamos nem ganharemos  qualquer torneio internacional porque trocamos o talento pelo dinheiro. No nosso futebol vence quem rouba mais ou quem tem mais dinheiro para gastar com subornos e falcatruas. Isso despertou a fúria e o desrespeito dos nossos mais leais adversários que ainda não seguiram por este caminho.  

         Um exemplo claro desta situação é a fúria do presidente do Botafogo do Rio de Janeiro, que cospe bala contra o crescimento do Bahia devido ao patrocínio do grupo City. Ele grita, e não pede segredo, que o Bahia não pode alcançar o patamar dos grandes clubes do Brasil. Na sua estreita visão, clubes como o Bahia e outros nordestinos devem exercer apenas o papel de coadjuvante dos grandes clubes dos grandes centros. O resto é resto.  

         Nessa escalada de ódio vão levando de roldão todos os demais esportes brasileiros, que passam a ser hostilizados em todos os países onde essas práticas desonestas não são admissíveis. Eu ainda acompanho alguns jogos de futebol e alguns torneios esportivos. Mas, sempre atento ao menor sinal de fraude. Como bom desportista, eu sempre joguei para ganhar. Mas, nunca me enraiveci por perder uma disputa. O esporte era apenas uma diversão, uma válvula de escape, para as tensões do dia a dia. E, graças a Deus, nunca fiz dele um meio de vida. Se o fizesse como fazem os profissionais, tenho a certeza de que faria sempre uma competição limpa. Ganhar através de mutretas e falcatruas não faz parte do meu modo de viver.    

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