O futebol sempre foi um lenitivo para
as nossas dores diárias. Era a nossa válvula de escape para extravasar os sentimentos
tristes do nosso dia a dia. Contudo, do jeito que as coisas estão atualmente
nem pra isso o futebol serve mais. Nunca mais ganhamos nem ganharemos qualquer torneio internacional porque
trocamos o talento pelo dinheiro. No nosso futebol vence quem rouba mais ou
quem tem mais dinheiro para gastar com subornos e falcatruas. Isso despertou a
fúria e o desrespeito dos nossos mais leais adversários que ainda não seguiram
por este caminho.
Um exemplo claro desta situação é a fúria
do presidente do Botafogo do Rio de Janeiro, que cospe bala contra o
crescimento do Bahia devido ao patrocínio do grupo City. Ele grita, e não pede
segredo, que o Bahia não pode alcançar o patamar dos grandes clubes do Brasil.
Na sua estreita visão, clubes como o Bahia e outros nordestinos devem exercer
apenas o papel de coadjuvante dos grandes clubes dos grandes centros. O resto é
resto.
Nessa escalada de ódio vão levando de
roldão todos os demais esportes brasileiros, que passam a ser hostilizados em
todos os países onde essas práticas desonestas não são admissíveis. Eu ainda
acompanho alguns jogos de futebol e alguns torneios esportivos. Mas, sempre
atento ao menor sinal de fraude. Como bom desportista, eu sempre joguei para
ganhar. Mas, nunca me enraiveci por perder uma disputa. O esporte era apenas
uma diversão, uma válvula de escape, para as tensões do dia a dia. E, graças a
Deus, nunca fiz dele um meio de vida. Se o fizesse como fazem os profissionais,
tenho a certeza de que faria sempre uma competição limpa. Ganhar através de mutretas
e falcatruas não faz parte do meu modo de viver.
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