terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que significa “ser espírita”



Existe um conceito pré-formado que o espiritismo nasceu para orientar as pessoas a praticarem o bem.
Muito se fala em interiorizar os fundamentos de Kardec aliando-os aos ensinamentos de Jesus, justamente, com esse objetivo. Quanto a isso, ninguém duvida.
Será que antes de Jesus ou de Kardec não existia ninguém de boa índole? Sendo assim, porque Jesus ou Kardec moveria o universo para ensinar as pessoas a praticarem o bem? Essa qualidade humana é bastante conhecida e praticada desde milênios, sendo assim, renasce a apologia ao dito popular; “...é querer ensinar Pai Nosso ao vigário”.
Praticar o bem é condição “sine qua non”, mas pensar que o espiritismo e as religiões surgiram para disseminar essa prática, esse conceito de “bom caráter” entre os humanos, vamos nos decepcionar, isso porque, ultimamente, mesmo com o número crescente de religiões, seitas e praticantes do espiritismo, o percentual de mentes malignas só tem aumentado. Religiões, seitas, grupos filosóficos e espíritas falharam!
Com certeza, para Jesus, ser do bem é muito mais que praticar o bem. Ser do bem é muito mais que aderir aos princípios de uma igreja. Ser do bem é muito mais que ler as obras de Kardec.
Ser espírita não é apenas rezar, ler o evangelho, fazer caridades e praticar o bem. Esses são adereços de alta relevância, mas não são fundamentais. Para alguns, praticar o espiritismo, é necessário conhecer as obras básicas de Kardec, para outros, nem tanto.
Há quem discorde, porém o mundo sempre teve grandes sábios, filósofos santidades e doutores do bem, que priorizaram princípios diferentes, pacificaram, curaram, nortearam pessoas, cidades e até países sem nunca ter lido as regras consagradas pelas igrejas nem as obras de Kardec. Mesmo diante desses exemplos, praticar espiritismo sem ler as obras de Kardec é o mesmo que aprender chinês pela Internet. Tem gente que consegue.
Quando digo que esse mundo é uma escola da espiritualidade, fica difícil a compreensão porque ninguém pode ostentar diplomas ou certificados com mudanças de níveis.
Toda vez que interagimos com algum irmão e exercitar nossa habilidade de catalogar seus defeitos, pontos carentes de evolução, suas falhas, etc, e ainda se sentir incomodado pelo mesmo não se comportar como desejaríamos, é porque estamos no mesmo pátio da escola. Talvez numa ala de alfabetização, num nível primário ou secundarista e, como se diz popularmente, “juntos e misturados”, de maneira que nem percebemos que estamos no mesmo patamar da evolução.
Sendo assim, nessas condições, mesmo tendo lido a Bíblia várias vezes ou estudado a síntese espírita de Kardec, mesmo sendo um doutor conceituado ou um médium expressivo, não estamos preparados para mudar de classe na escola da espiritualidade.

Copyright: fica expressamente permitida a divulgação desse material, desde que não haja adulteração, e que exista o comprometimento em fazer algo, muito além da caridade, adornado com implantes de bondade por todos os lados.
Entenda-se o conteúdo e pratique-o.

Conrado Dantas

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