Existe um conceito pré-formado
que o espiritismo nasceu para orientar as pessoas a praticarem o bem.
Muito se fala em interiorizar
os fundamentos de Kardec aliando-os aos ensinamentos de Jesus, justamente, com
esse objetivo. Quanto a isso, ninguém duvida.
Será que antes de Jesus ou de
Kardec não existia ninguém de boa índole? Sendo assim, porque Jesus ou Kardec
moveria o universo para ensinar as pessoas a praticarem o bem? Essa qualidade
humana é bastante conhecida e praticada desde milênios, sendo assim, renasce a
apologia ao dito popular; “...é querer
ensinar Pai Nosso ao vigário”.
Praticar o bem é condição “sine qua non”, mas pensar que o
espiritismo e as religiões surgiram para disseminar essa prática, esse conceito
de “bom caráter” entre os humanos, vamos nos decepcionar, isso porque, ultimamente,
mesmo com o número crescente de religiões, seitas e praticantes do espiritismo,
o percentual de mentes malignas só tem aumentado. Religiões, seitas, grupos
filosóficos e espíritas falharam!
Com certeza, para Jesus, ser do
bem é muito mais que praticar o bem. Ser do bem é muito mais que aderir aos princípios
de uma igreja. Ser do bem é muito mais que ler as obras de Kardec.
Ser espírita não é apenas rezar,
ler o evangelho, fazer caridades e praticar o bem. Esses são adereços de alta
relevância, mas não são fundamentais. Para alguns, praticar o espiritismo, é
necessário conhecer as obras básicas de Kardec, para outros, nem tanto.
Há quem discorde, porém o mundo
sempre teve grandes sábios, filósofos santidades e doutores do bem, que
priorizaram princípios diferentes, pacificaram, curaram, nortearam pessoas,
cidades e até países sem nunca ter lido as regras consagradas pelas igrejas nem
as obras de Kardec. Mesmo diante desses exemplos, praticar espiritismo sem ler
as obras de Kardec é o mesmo que aprender chinês pela Internet. Tem gente que
consegue.
Quando digo que esse mundo é
uma escola da espiritualidade, fica difícil a compreensão porque ninguém pode
ostentar diplomas ou certificados com mudanças de níveis.
Toda vez que interagimos com
algum irmão e exercitar nossa habilidade de catalogar seus defeitos, pontos
carentes de evolução, suas falhas, etc, e ainda se sentir incomodado pelo mesmo
não se comportar como desejaríamos, é porque estamos no mesmo pátio da escola.
Talvez numa ala de alfabetização, num nível primário ou secundarista e, como se
diz popularmente, “juntos e misturados”, de
maneira que nem percebemos que estamos no mesmo patamar da evolução.
Sendo assim, nessas condições,
mesmo tendo lido a Bíblia várias vezes ou estudado a síntese espírita de
Kardec, mesmo sendo um doutor conceituado ou um médium expressivo, não estamos
preparados para mudar de classe na escola da espiritualidade.
Copyright: fica expressamente permitida a divulgação desse material,
desde que não haja adulteração, e que exista o comprometimento em fazer algo,
muito além da caridade, adornado com implantes de bondade por todos os lados.
Entenda-se o conteúdo e pratique-o.
Conrado Dantas
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