domingo, 1 de dezembro de 2013

Alaex Ferraz

QUEM AVISA...
No Largo da Soledade, cercado por diversos colégios e por onde circulam milhares de estudantes por dia, imbecis ao volante invadem sistematicamente o sinal vermelho e já ocorreram atropelos e mortes. E motoqueiros "empinam" motos, demonstrando também sua idiotia. NUNCA se viu por lá fiscalização de trânsito. A tragédia ("fatalidade") vem aí...

Frase: Vida de gado/povo marcado/povo feliz (Zé Ramalho, brilhante)

O Itaquerão e o gado brasileiro encurralado
Acidentes acontecem. A frase, desgastada, é dolorosamente real. Portanto, não se pode derrubar o mundo por causa do acidente de trabalho que aconteceu no Estádio do Corínthians, o Itaquerão, matando dois operários. No entanto, uma declaração dos responsáveis pela obra, veiculada por toda a mídia logo após o ocorrido, me causou espécie: "Só depois de uma contagem dos operários poderemos dizer o número de mortos". Compreensível, mas revela uma situação, que não é privilégio do Brasil mas que aqui se dissemina de forma cruel, que denota o quanto perdemos a individualidade.
Em obras, hospitais, shoppings, colégios, no trânsito, nas dezenas de milhares de mortes geradas pelo crime impune neste país, somos nada mais que números, estatísticas.
Desde a falácia da redução de "x" por cento da criminalidade (quando cadáveres aparecem sob nossas janelas todos os dias), até o número do paciente tal e ao gado encurralado em obras da construção civil ou em fábricas, números, nada mais que números.
Ninguém se lembra - e falo do povo mais simples, da classe média e, claro, das elites sociais, políticas e econômicas) - que CADA indivíduo é, claro, um INDIVÍDUO. Tem pai, mãe, pode ter filho, filha, esposa, namorado, caso, seja lá o que for. Tem, enfim, pessoas que gostam dele, que o amam, e que, claro, sentem enormemente sua falta.
Mas no Brasil não há indivíduos. Há números. Aliás, minto: há AQUELES indivíduos, aqueles que se locupletam do dinheiro público, vivem nababescamente, e vivem pregando "geração de trabalho e renda" e prometendo "mais segura e saúde pública melhor". Falo dos que estão agora no poder e de TODOS que já estiveram lá ou que pretendem estar. De qualquer partido, senhores patrulheiros de "esquerda" de plantão.

Um acinte
ao trabalhador

Pensando bem, o deboche que Zé Dirceu vem fazendo com a Justiça com seu salário de 20 mil reais por mês é um acinte, uma agressão moral aos TRABALHADORES brasileiros.
Enquanto ele ri e se locupleta, dezenas de milhões "vivem" com 680 reais por mês, ou sem isso. Quando não estão pendurados na esmola patética do Bolsa Família. Quer mais preconceito, discriminação e elitização do que isso? Eis aí "azelite".

Quero minha
parte...

Sofro de pressão alta crônica, tomo remédio de uso contínuo, já fiz cateterismo, faço dieta de sal.
Se for preso algum dia, senhores, nem titubeiem em me colocar em regime domiciliar e me aposentarem logo por invalidez. O meu problema, sim, é GENUÍNO!

Jogando
dinheiro fora (I)

Na Paraíba (João Pessoa), um shopping foi condenado a pagar indenização a um casal (valor ridículo, mas simbólico, de 8 mil reais) assaltado dentro do estacionamento por gangue que invadiu o local.
Na hora, os seguranças, desarmados, saíram correndo.
Daí, pergunto: de que adianta pagar fortunas a empresas de segurança privada para não ter segurança alguma? Hum...

Jogando
dinheiro fora (II)

A quantidade de atos de violência, incluindo tiroteios, dentro de shoppings é cada vez maior em TODO o País.
Enquanto isso, os donos das empresas de "vigilância" seguem ganhando fortunas, sem prestar serviço dingo.

Jogando
dinheiro fora (III)

Os shoppings devem sim, pagar indenização (e tem que ser indenização milionária, como nos EUA), pois fazem propaganda enganosa quando usam como chamariz para suas lojas o "fator segurança". Uma ova!

CRIMES - No próximo dia 2, o CIEE promove o primeiro Encontro Nacional sobre Políticas Criminais, Penitenciárias e Experiências Internacionais. O evento acontecerá em São Paulo.


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