terça-feira, 5 de julho de 2016

Atendimento à mulher?

          
A cantora Aiace Félix acusou um taxista de agressão no bairro Rio Vermelho, em Salvador, na madrugada de domingo (3). Ela fez a denúncia, através do Facebook, onde contou que tudo começou após o motorista assediar a irmã dela e ao tentar defende-la, foi agredida com três socos no rosto, sendo atingida no olho direito, boca e no pescoço. Como resultado, sofreu uma lesão na córnea e alguns hematomas pelo corpo. Aiace relatou que se dirigiu até a Delegacia de Atendimento à Mulher, em Brotas, mas não conseguiu registrar a queixa, porque a atendente, segundo ela, grosseira e mal educada, disse que a cantora “não tinha nenhuma relação próxima com o agressor”. Ela então fez o boletim de ocorrência na 7ª Delegacia (Rio Vermelho), que investiga o caso. A pergunta que fica é: Desde quando as delegacias de Atendimento à Mulher só registram ocorrências envolvendo casais?

Incêndios são rotineiros
            Há mais de 30 anos, Alfredo Falcão, presidente da CDL e membro da diretoria do CIFS, mostrava aos comerciantes e industriais um relatório das segurados contendo um ranking dos valores das apólices de seguros contra incêndios de imóveis em todos o Brasil, e Feira de Santana aparecia entre aquelas com as taxas mais altas. Isso porque, segundo o relatório, a cidade não dispunha de um Corpo de Bombeiros, nem sistemas de hidrantes, e era considerada de “alto risco”. Começava ali uma luta para dotar Feira de /Santana de um Corpo de Bombeiros, e o máximo que se conseguiu com o governo Estado foi um caminhão e alguns soldados treinados para montar a Brigada Anti-incêndio do CIS. Hoje, mais de 30 anos depois, a cidade continua desprotegida, porque o sistema de hidrantes não funciona e autoridades do poder público local, que passou por diversos governos populistas, permitiram que ambulantes travassem com barracas fixas os locais que apresentam mais riscos no centro da cidade. E o problema, creio eu, está cada dia mais distante de ser resolvido.


Pirelli
            Até o momento a pneus Pirelli já contabiliza cerca de 30 demissões por conta da greve deflagrada há alguns dias pelos seus empregados. É nestes momentos que digo que alguns sindicatos mais atrapalham que ajudam. O país vive uma das mais graves crises da sua história, e o sindicato lidera uma greve num momento em que o desemprego campeia por todo o país. É sempre bom lembrar que diversas empresas desistiram de vir para Feira de Santana nos últimos 10 anos, justamente por conta da intransigência dos sindicatos. Outras, como a Yazaki, foram embora, e a própria Pirelli desistiu de construir mais uma unidade no seu parque fabril, e levou esta unidade para o México.

Da inutilidade dos vereadores
            Há pouco tempo publiquei aqui um artigo falando sobre a inutilidade dos parlamentares, dos quais, considero os vereadores os mais inúteis e mais caros. Produzem pouco ou nada, vivem a extorquir empresários para aprovar projetos e até o Executivo é vítima das suas extorsões. As leis e projetos que criam e aprovam entre eles mesmos, são sem nenhuma objetividade ou utilidade. E agora sabe-se que julgam até boato das redes sociais, virando alvo de chacota e piadas em nível nacional. Só está faltando mesmo votarem a revogação da “Lei da Gravidade” ou da “Lei de Murphy”.

7 X 1
            Todo dia a imprensa mostra a diferença entre o futebol na Europa e em outros locais civilizados, como exemplo de paz e civilidade nos estádios. Tudo é uma vã tentativa de educar o torcedor brasileiro através do exemplo de torcedores de outras nações, onde os estádios não precisam de cercas para separar torcidas nem para separar público de jogadores. Cada cidadão europeu sabe exatamente o seu lugar num estádio e as rivalidades se limitam aos incentivos às suas equipes, e tudo termina em brincadeiras e brincadeiras nos bares da vida. Já houve violências nos estádios europeus, e ainda há em alguns lugares menos civilizados de lá, mas, aos poucos, está desaparecendo. Mas, no Brasil isto está longe de ser resolvido, porque o povo é mal educado, os criminosos tomaram conta das torcidas organizadas, os dirigentes não tomam medidas e até mesmo os jogadores não dão exemplo, pois vivem a se agredir. Eu me lembro que Djalma Costa Lino começava suas narrações esportivas dizendo: “Torcedor! Compareça aos estádios levando a bandeira do seu clube”! Sim, porque as bandeiras dão um belo colorido e vida aos estádios. Hoje, a recomendação é. “Bandeiras, só sem os mastros”, porque, geralmente, são usados como armas para agredir os rivais. Pobre país. Pobre povo. Pobre futebol brasileiro. Estamos perdendo de goleada.

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Por hoje é só que agora eu vou ali bater um baba. Sem torcida.

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