Estar em casa
no meio da tarde de uma quarta-feira pode parecer o paraíso para quem vive
preso no escritório. Mas, para os milhares de jovens brasileiros que estão sem
emprego, horas, semanas e meses livres não têm nada de descanso.
"Gastei
dias pesquisando cursos de qualquer coisa", diz a editora Ana Luiza
Candido, 28, desempregada desde junho. "Porque no fim é um tempo que a
gente fica à toa. Boa parte dele você está esperando uma resposta e às vezes
ela não vem."
Nas suas
pesquisas, Ana descobriu um curso de contação de histórias, que vai começar em
outubro. Também procurou trabalhos voluntários em ONGs de animais e aulas de
culinária. Um grupo de artesanato é outra opção.
Os dados
gerais são desanimadores: o IBGE divulgou nesta sexta-feira que a taxa de
desemprego do país foi de 11,3% entre abril e junho - 3 pontos percentuais
acima da taxa registrada no mesmo período do ano passado (8,3%).
Mas, em toda
crise econômica, os jovens são os que mais sofrem com a falta de vagas, porque
têm menos experiência. No Brasil não é diferente. Levantamento do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de junho mostra que pessoas entre 18 e 24
anos são as mais afetadas pelo desemprego. O índice passou de 15,25%, no 4°
trimestre de 2015, para 26,36% no 1° trimestre deste ano.
Segundo
economistas ouvidos pela BBC Brasil, o fenômeno se estende a quem tem menos de
30 anos e começou a vida profissional um pouco mais tarde. Leia matéria completa no BBCBrasil.
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