Num mundo fascinado pelo trabalho, ostentar uma carga horária
exagerada pode até funcionar como símbolo de status para alguns executivos.
Porém,
por mais que o excesso pareça inevitável para donos de negócios ou
profissionais de certas áreas, o fato é que a duração do expediente não deveria
ultrapassar certos limites razoáveis.
Em muitos casos, o problema está
na administração do tempo. Delegar tarefas, aprender a dizer "não" e nunca sair do escritório
sem programar o dia seguinte, por exemplo, são algumas atitudes que ajudam a
ter uma jornada mais enxuta e produtiva.
Parece
uma preocupação para os fracos? O site da revista Inc. fez uma compilação de recentes descobertas da ciência sobre
a relação entre número de horas trabalhadas e diversos problemas de saúde nos
Estados Unidos.
A conclusão dos estudos é a de que,
idealmente, o máximo de tempo que você deve trabalhar corresponde a 40 horas
semanais. Exceder esse limite com frequência pode acarretar diversos problemas
físicos e mentais para o profissional, além de minar a sua produtividade.
Veja alguns dos riscos destacados pela Inc.
com base num estudo
da escola de medicina da Universidade de Massachusetts, numa pesquisa da consultoria de recursos humanos Circadian e num
relatório do U.S. Department of Health and Human Services:
1. Pessoas que
trabalham mais do que 8 horas por dia, em média, têm mais propensão ao consumo
de álcool e tabaco, segundo os estudos. A duração prolongada do expediente
também está associada a uma maior incidência de obesidade em homens e de
depressão em mulheres.
2. Cumprir jornadas
superiores a 10 horas resulta num salto de 60% na ocorrência de problemas
cardiovasculares.
3. Cerca de 10%
dos profissionais que trabalham de 50 a 60 horas semanais relatam ter problemas
de relacionamento interpessoal. A taxa sobe para 30% quando o expediente
ultrapassa 60 horas.
4. A probabilidade
de se machucar é diretamente proporcional à duração das jornadas. Após a 8ª ou
9ª hora seguida de trabalho, registram-se picos no número de acidentes
ocupacionais.
5. Apenas 23% das
empresas com horários normais têm índice de faltas ao trabalho acima de 9%. Já
entre aquelas com grande carga de horas extras, 54% registram absenteísmo de
funcionários acima desse limite.
6. Acumular mais de
11 horas extras por semana está associado a um aumento na incidência de
depressão.
7. Entre
profissionais de nível executivo, a produtividade cai cerca de 25% quando o
expediente semanal ultrapassa 60 horas. Em indústrias, um aumento de 10% no
número de horas extras corresponde a uma queda de 2,4% na produtividade.
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