quarta-feira, 27 de março de 2019

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, AMBULATÓRIO DE MEDICINA E A ELEIÇÃO PARA REITOR

César Oliveira
Quando fui Coordenador do Curso de Medicina ( 2005-2010) deixei pronto um projeto de ambulatório que não se efetivou. Posteriormente, com apoio dos alunos, e uma greve, o Secretário Solla, liberou uma verba e o ambulatório- modificado para melhor- foi construído. Em diversas matérias no Tribuna Feirense , apontamos o ritmo de tartaruga de sua obra e o seu não funcionamento, e, com elas, continuamos provocando a Reitoria, pois, faltam apenas a climatização, móveis básicos, um conjunto mínimo de computadores e um pequeno número de servidores.
Apesar de tudo, até o momento, ele continua sem funcionar como se fosse concebível, na limitada saúde pública da cidade, um equipamento de tão baixo custo ficar parado. Ao que parece, também a parceria com a Prefeitura ainda não chegou a um acordo

É preciso pensar na brutal qualificação que é ensinar em um espaço próprio da Universidade, na ampliação da pesquisa, em um ambulatório de baixo custo se o credenciarmos para o SUS, mesmo com a consulta a R$10 reais. Digamos que por base façamos 600 consultas/mês ( lembrem que são alunos, logo, é lento). O total seria R$ 6.000,00 reais. Se formos a 1000 consultas, com a ampliação, chegaríamos a R$10.000,00. Ajudaria a UEFS a manter o serviço, com especialistas professores e um atendimento diferenciado. Alguém consegue acreditar que esse é mesmo um custo significativo para uma saúde municipalizada?
Esse seria um embrião para o Hospital Universitário. O passo seguinte e inevitável. Mantemos uma campanha permanente por ele, no Tribuna Feirense. Certa vez, com um projeto do Prof. João Batista, o HGCA, chegou a ser oferecido a Universidade ( lembro que fizemos matéria de capa no jornal), mas a Universidade não topou o desafio.
Com a explosão de faculdades privadas está havendo um verdadeiro canibalismo e disputa por vagas para estágio na rede pública. Alguns hospitais terceirizados estão fazendo exigências absurdas até da própria Universidade pública, quando deveria constar dos contratos de terceirização o compromisso com formação de recursos humanos para as Universidades do estado, ao menos, (aliás, é preciso checar se não há, ou está sendo empurrado para debaixo do tapete).
Nós temos um compromisso de formar nos cursos que cuidam da saúde com o máximo de eficiência, não por sermos diferentes, mas porque exercemos um ofício com alto grau de letalidade ou poder de lesão. Em uma Universidade com todos os cursos da área de saúde, como a UEFS, a existência de espaços de ensino adequados é uma condição sine qua non.
Sei que pareço chato , ao menos, de ficar cobrando, fazendo matérias, criando pressão, mas não me importo. Tento manter meu compromisso com os alunos do curso que criamos- em conjunto com os colegas João Batista e Renato Pires-, e lutar por  metas que precisamos alcançar, afinal, essa é  uma ambição de qualificação do processo de ensino do qual nunca podemos desistir.
Nestes tempos de campanha para Reitoria, sempre vale cobrar o compromisso

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