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César Oliveira |
Quando
fui Coordenador do Curso de Medicina ( 2005-2010) deixei pronto um
projeto de ambulatório que não se efetivou. Posteriormente, com apoio
dos alunos, e uma greve, o Secretário Solla, liberou uma verba e o
ambulatório- modificado para melhor- foi construído. Em diversas
matérias no Tribuna Feirense , apontamos o ritmo de tartaruga de sua
obra e o seu não funcionamento, e, com elas, continuamos provocando a
Reitoria, pois, faltam apenas a climatização, móveis básicos, um
conjunto mínimo de computadores e um pequeno número de servidores.
Apesar
de tudo, até o momento, ele continua sem funcionar como se fosse
concebível, na limitada saúde pública da cidade, um equipamento de tão
baixo custo ficar parado. Ao que parece, também a parceria com a
Prefeitura ainda não chegou a um acordo
É
preciso pensar na brutal qualificação que é ensinar em um espaço
próprio da Universidade, na ampliação da pesquisa, em um ambulatório de
baixo custo se o credenciarmos para o SUS, mesmo com a consulta a R$10
reais. Digamos que por base façamos 600 consultas/mês ( lembrem que são
alunos, logo, é lento). O total seria R$ 6.000,00 reais. Se formos a
1000 consultas, com a ampliação, chegaríamos a R$10.000,00. Ajudaria a
UEFS a manter o serviço, com especialistas professores e um atendimento
diferenciado. Alguém consegue acreditar que esse é mesmo um custo
significativo para uma saúde municipalizada?
Esse
seria um embrião para o Hospital Universitário. O passo seguinte e
inevitável. Mantemos uma campanha permanente por ele, no Tribuna
Feirense. Certa vez, com um projeto do Prof. João Batista, o HGCA,
chegou a ser oferecido a Universidade ( lembro que fizemos matéria de
capa no jornal), mas a Universidade não topou o desafio.
Com
a explosão de faculdades privadas está havendo um verdadeiro
canibalismo e disputa por vagas para estágio na rede pública. Alguns
hospitais terceirizados estão fazendo exigências absurdas até da própria
Universidade pública, quando deveria constar dos contratos de
terceirização o compromisso com formação de recursos humanos para as
Universidades do estado, ao menos, (aliás, é preciso checar se não há,
ou está sendo empurrado para debaixo do tapete).
Nós
temos um compromisso de formar nos cursos que cuidam da saúde com o
máximo de eficiência, não por sermos diferentes, mas porque exercemos um
ofício com alto grau de letalidade ou poder de lesão. Em uma
Universidade com todos os cursos da área de saúde, como a UEFS, a
existência de espaços de ensino adequados é uma condição sine qua non.
Sei
que pareço chato , ao menos, de ficar cobrando, fazendo matérias,
criando pressão, mas não me importo. Tento manter meu compromisso com os
alunos do curso que criamos- em conjunto com os colegas João Batista e
Renato Pires-, e lutar por metas que precisamos alcançar, afinal, essa é
uma ambição de qualificação do processo de ensino do qual nunca
podemos desistir.
Nestes tempos de campanha para Reitoria, sempre vale cobrar o compromisso
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