Universidades federais conduzem no Brasil
pelo menos 823 pesquisas relacionadas ao novo coronavírus. Além disso,
há pelo menos 96 ações de produção de álcool e produtos sanitizantes e
104 ações de produção de equipamentos de proteção individual, como
protetores faciais, máscaras de pano e aventais.
O balanço, que envolveu 46 das 67
instituições federais foi divulgado hoje (11) pela Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes),
por meio de videoconferência. Atualmente, a maior parte das
universidades federais está com as aulas suspensas para evitar a
propagação do novo vírus. No entanto, de acordo com o presidente da
Andifes, João Carlos Salles Pires da Silva, as instituições não deixaram
de trabalhar e de ocupar a linha de frente no combate à covid-19,
doença causada pelo novo coronavírus.
As universidades foram responsáveis, até o
momento, por exemplo, pela produção de mais de 990 mil litros de álcool
gel, mais de 910 mil litros de álcool líquido e mais de 160 mil
protetores faciais. Há também, pelo menos 53 ações de testagem para o
novo coronavírus, responsáveis pela realização de 2,6 mil testes por
dia. Nos hospitais universitários, as instituições disponibilizaram mais
de 2,2 mil leitos normais e quase 500 leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
De acordo com a reitora da Universidade
Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Campos
Pellanda, que participou da coletiva de imprensa, as pesquisas vão desde
a identificação do genoma do novo vírus, o que poderá possibilitar a
produção de uma vacina, do trabalho em sistemas informatizados para
computar os casos do novo coronavírus, identificando onde eles estão por
georreferenciamento, à estudos para produção de testes a custos mais
baixos, uma vez que os testes produzidos hoje dependem de componentes
importados.
“As universidades públicas, assim como o
Sistema Único de Saúde (SUS) têm tido as respostas mais eficazes nesse
momento. Evidentemente, estão dando respostas com as condições que têm.
Estamos sofrendo uma defasagem orçamentária que se não houvesse
permitiria respostas mais robustas das universidades. Acho que as
universidades estão enfrentando isso com seriedade imensa e é isso que
esses números apresentam”, ressaltou o presidente da Andifes. (Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário