
Nas entrevistas que deu à Imprensa esta semana, o diretor do ICNB, Dr. Luiz Cláudio Sampaio, se fez de vítima e alegou ter sido prejudicado pela Santa Casa com retenção do repasse de verbas num montante de R$ 400 mil, o que, ao que parece, se constitui numa mentira, pois a Santa Casa alega ter retido o repasse de uma verba de cerca de R$ 700 mil, porque o ICNB lhe deve muito mais, inclusive de atendimentos a pacientes particulares, sem o conhecimento da Santa Casa.

Também havia uma cláusula que prevê que apenas a Santa Casa de Misericórdia tem direito a firmar convênios, no entanto o ICNB firmou convênios à revelia da Santa Casa e sem efetuar repasses para esta instituição. O ICNB, inclusive, passou a efetuar compras no comércio, utilizando o nome da Santa Casa, sem autorização desta. Muitas desta compras não foram pagas, prejudicando assim a credibilidade que a instituição vem adquirindo ao longo dos últimos cinco anos.
“É válido salientar que em nenhum momento a Santa Casa quis tirar o ICNB de dentro do HDPA, até mesmo em respeito aos profissionais que o compõem em favor da população por eles assistida”, afirmou o provedor, acrescentando que a equipe de médicos do ICNB, alegando não estar recebendo salários há cerca de um ano, se afastou do Instituto.
“A implantação dos serviços de Cardiologia no HDPA é um sonho nosso, e seria uma incoerência querer acabar com esse serviço. Mas não nos interessa ter um serviço de Cardiologia que atende apenas a convênios mas não atende pelo SUS, deixando de forma a maior parte da população”, declarou o provedor.
O imbróglio agora está tramitando na Justiça até que haja uma solução final. De toda sorte, consultas e exames continuam sendo feitos pela equipe do HDPA e as obras do centro cirúrgico da cardiologia continuam andamento, com vistas ao credenciamento dos serviços pelo SUS.
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