Sobre imparcialidade, ética e honestidade
Esta semana começou agitada pelas denúncias do vereador Roberto Tourinho contra o prefeito Tarcízio Pimenta. Antes mesmo da entrevista que o vereador deu à Imprensa, as especulações tomaram conta das conversas nas ruas da cidade. E o que não faltou foi gente ligando para emissoras de rádio ou para jornalistas, para emitir opinião, todas elas carregadas de paixões político partidárias.
Essa é uma prática comum no dia a dia da Imprensa em Feira de Santana. Todos os dias, “ouvintes profissionais”, pagos por quem tem interesse em plantar notícias e notas, falsas ou não, contra seus desafetos, ficam ao pé do rádio, próximos ao telefone, para quando julgar conveniente para passar “informações confidenciais” sobre este ou aquele assunto. Do outro lado da linha, o profissional da imprensa tem que ficar atento para não cair em armadilhas.
Mas, nem todos estão preocupados com isso. Existem aqueles que também se interessam em divulgar notícias, mesmo que não sejam verdadeiras, contra esta ou aquela pessoa, com as quais não simpatizam. Pior ainda são aqueles que são pagos para defender interesses escusos. Tem até um zum-zum-zum nos bastidores, de que determinado blogueiro, useiro e vezeiro em extorquir pessoas, estaria recebendo um alto cachê para falar mal de determinado político local e defender outro.
São coisas do jogo das paixões e dos interesses pessoais. Porém, há aqueles que ainda mantêm a serenidade, a honestidade, a moral e ética que todo profissional que lida com comunicação de massas deve ter. Ou pelo menos, deveria.
As denúncias contra o prefeito, divulgadas como uma “bomba”, que deveria detonar o prefeito, a princípio, não teve o efeito esperado pelos seus detonadores. Como bem avaliou o radialista Dílson Barbosa, “as denúncias de Tourinho poderão vir a complicar politicamente o prefeito (por questão ética e moral), mas juridicamente é improvável que tenha força para derrubar Tarcízio do cargo”.
Fosse em outro país, onde o povo é mais politizado e exigente com a postura dos seus políticos, com certeza o prefeito de Feira de Santana estaria em maus lençóis. Mas, vai ser preciso uma denúncia com provas mais consistentes para derrubá-lo do cargo. Porém, não creio que seus opositores tenham munição suficiente para isso.
No que tange aos profissionais da Imprensa, ficou o sentimento de frustração para alguns e de alívio para outros. Para mim, ficou o sentimento de que precisamos de profissionais melhores, mais imparciais. E também de políticos melhores, praticantes da ética e da honestidade.
Ah! Sim. Mais competentes também.
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