quarta-feira, 11 de abril de 2012

Alex Ferraz

QUAL É?
Garantiu-se que o metrô funcionaria em abril, como teste. Necas. Talvez nem mais este ano, pois o Ministério das Cidades segurou a verba. Há mais de 11 anos dura esta novela. Pergunto, sem a menor esperança de resposta: afinal, que diabos há com este metrô que nunca sai? Debaixo desse pirão tem carne.

Um espetáculo de desdém e incompetência

Um ano e três meses após a grande tragédia que matou quase mil pessoas na região serrana do Rio de Janeiro, e após várias denúncias de roubo do dinheiro público destinado à recuperação das cidades (ocasionando a queda de prefeitos, que, é claro, não devolveram um centavo sequer aos cofres públicos), eis que novos deslizamentos acontecem, matando pelo menos seis pessoas e acompanhados de fatos bizarros que mostram de forma escandalosa a total incompetência dos que lidam com a defesa civil e das autoridades públicas em geral no Rio. Convém lembrar, ainda, que até hoje não foi entregue uma casa sequer daquelas prometidas aos milhares de desabrigados de mais de um ano atrás.
Mas voltemos aos dias de hoje. Para começar, a maioria das sirenes instaladas com o objetivo de alertar a população para a iminência de um desabamento simplesmente não funcionou (ou seja, pelo visto jamais as testaram como também nunca fizeram ensaios sistemáticos de evacuação). Além disso, pasmem, o pessoal da defesa civil montou um ponto de apoio (local para onde são levados emergencialmente os desabrigados) num local de risco e, claro, houve desabamento de morro e a terra destruiu o abrigo, por pouco não matando quem estava sendo “salvo”.
Vejam os leitores que é uma situação patética, uma agressão ao bom senso da população. Roubam o dinheiro, não entregam as casas, o alarme não funciona e ainda conduzem desabrigados para locais de novos deslizamentos.
O quadro, assustador, mostra a absoluta incompetência e o criminoso desdém das autoridades do Rio, de prefeitos e a governador, diante de situações que têm a obrigação de resolver. Não se trabalha com seriedade, mas apenas à base de espasmos.
O pior é que tais circunstâncias nem de longe se restringem ao Rio...

Ser humano,
uma piada
Reparem nesses programas onde o apresentador vai provocar animais no seu habitat natural. O sujeito invade o reduto dos bichos, metem câmeras na cara deles, fazem provocações, saracoteiam em voltas e, depois, com a cara mais limpa, observam que os referidos animais são “muito perigosos”. Ora, bolas! Perigosos somos nós, cacete!

Enquanto isso,
em Brasília... (I)
A escandalosa crise na segurança pública bate à porta do Planalto: em Brasília, onde são pagos os melhores salários do País a policiais, a PM está em operação tartaruga há quase dois meses e muitos oficiais e soldados chegaram ao absurdo de comemorar, nas redes sociais, o aumento da criminalidade, que já é espantosa em dias normais no Distrito Federal.
É o que digo sempre: não se faz coisa alguma para resolver, de vez, a questão da segurança pública no Brasil. Então, podem escrever, será daí para pior.

Enquanto isso,
em Brasília... (II)
E se formos esperar pelos políticos, estamos também perdidos.
Aliás, a julgar pelos últimos escândalos envolvendo parlamentares, eles estão se tornando mais um problema de segurança pública.


Frase:
Competência para servir à humanidade deveria ser, sem dúvida, o grande objetivo e resultado de todos os estudos.
(Benjamin Franklin)

As sacolas
plásticas (I)
Não tenho receio de reconhecer erros. Fui ingênuo, aqui, ao defender a lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados (em vigor em São Paulo e Belo Horizonte, por enquanto). Um amigo me envia e-mail no qual é levantada uma suspeita assaz verossímil: trata-se de um lobby das três únicas grandes redes de supermercados que dominam o mercado, hoje, no País, para faturar em cima da venda das sacolas aos seus clientes.

As sacolas
plásticas (II)
Vejamos: a alegação é que as sacolas agridem o meio ambiente (verdade), porém ninguém está preocupado em proibir os sacos plásticos de lixo (bem mais espessos que a sacolinhas, e, portanto, ainda mais difícil de degradar), muitos menos os milhares de tipos de embalagens plásticas de refrigerantes, doces, material de limpeza etc. etc.
Por que só as sacolinhas, que agora, repito, passam a ser vendidas para “dificultar” o seu uso? É isso aí...

E as TVs não
funcionam...
Esta Tribuna denunciou, há pouco mais de um mês, que dezenas (quiçá centenas) de televisores comprados para equipar escolas públicas estaduais em Salvador jamais foram ligados e estão se deteriorando. E até hoje a situação continua a mesmíssima. Que o digam os alunos do Colégio Carneiro Ribeiro, na Liberdade.

1 OAS - Iniciado em 2010, o programa de inclusão digital da OAS Empreendimentos já beneficiou 1.400 pessoas das comunidades de entorno das obras da companhia. Mais sete turmas já foram formadas e os cursos oferecidos são de Informática Básica, Manutenção e Reciclagem, Auxiliar Administrativo e Operador de Caixa, direcionado para moradores de comunidades próximas aos empreendimentos Costa Espana, Stupendo Piatã, City Park Acupe, City Park Brotas, Acupe Exclusive, Mansão Le Duc e Vista Patamares.

2 CONTÁBEIS - Entre os dias 16 e 27 próximos, o curso de Ciências Contábeis da Faculdade Ruy Barbosa promove uma parceria com o Shopping Center Lapa para atender às pessoas que precisam entregar, até o próximo dia 30, a Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF) de 2011.

3 CONCERTO - A Orquestra Sinfônica da Bahia realiza Concerto Didático hoje, às 16h, na Sala Principal do Teatro Castro Alves. A apresentação terá a regência do jovem Felipe Prazeres. A entrada é gratuita.

4 LIVRO - Amanhã, a partir das 18h, a escritora Emérita Andrade Ramos lançará seu novo livro, “Lua, Luar...”, no Quadrilátero da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris).

Coluna publicada na Tribuna da Bahia

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