segunda-feira, 23 de abril de 2012

Alex Ferraz


PELÔ
Quem te viu, quem te vê: lá vai o Pelourinho, de novo, descendo a ladeira. Casas comerciais fechando, turismo caindo, é preciso agir já. Ah, sim, só por mera curiosidade: a música de Michael Jackson que lançou o Pelô para o mundo chama-se “They don’t care about us”, que quer dizer “eles não se interessam por nós”.

Divergências na corte revelam os reis nus

Na semana passada, com a troca de comando no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro que saiu, Cezar Peluso, foi alvo de críticas e até mesmo de silencioso protesto, conforme esta notícia de jornal: “Um dia depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, dizer que o futuro da Corte é preocupante e censurar o comportamento da corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, ministros romperam com a tradição e deixaram de homenageá-lo em seu último dia no cargo. Ao final da sessão plenária, o silêncio dos ministros serviu de recado.”
Peluso saiu atirando e deixou no seu rastro a atitude de reagir radicalmente contra qualquer investigação aos magistrados por parte do Conselho Nacional de Justiça, com um temor, digamos, “inexplicável.”
O ministro Joaquim Barbosa não preferiu o silêncio. Ele afirmou, alto e bom som, que Cezar Peluso “manipulou conforme seus interesses os resultados de julgamentos quando era o presidente da Corte”, referindo-se ao duplo voto de Peluso - previsto no regimento interno do STF - no julgamento da Ficha Limpa, o que garantiu a volta do senador Jader Barbalho (PMDB-AP) ao Senado. Barbosa foi além: acusou o companheiro de Corte de “surrupiar” o processo, enquanto ele foi aos EUA para uma consulta médica, para poder ceder facilmente às pressões.
Reagindo às duras críticas de Barbosa, Peluso chegou mesmo a afirmar que ele, Barbosa, só estava no STF “porque é negro”, numa alusão claramente racista, imperdoável em qualquer cidadão, assombrosa quando oriunda de alguém que compõe, repito, a mais alta corte de Justiça do País.
Talvez por estarem tensos diante da iminência de ter que dar uma satisfação à sociedade a respeito do caso mensalão, cujo julgamento se arrasta há anos, os ministros perderam as estribeiras. Mas, como sempre ocorre em ocasiões deste tipo, não só vieram à tona verdades cruéis, como desabrochou o racismo latente no ministro Peluso. É este o retrato da Justiça brasileira?

A raposa e
o galinheiro
O senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello compõe a turma da CPI  que pretende (sic) investigar as relações promíscuas do contraventor Carlinhos Cachoeira com boa parte do poder no Brasil.
Em tempo: Collor, para quem tem menos de 25 anos ou memória curta, foi expulso do Planalto sob sérias acusações de corrupção. Pois é...
 
A respeito dos
juros (I)
Faço minhas as palavras do jornalista Joelmir Beting. Ele chamou a atenção, em comentário no Jornal da Band, para o fato de os juros para a produção e consumo continuarem altíssimos (cerca de 280% ao ano), enquanto o país se enleva nessa história de juros baixos.
Conclui Beting: “Trata-se de um prêmio de risco para cobrir a inadimplência de poucos.”

 A respeito dos
juros (II)
A propósito, enquanto o Brasil festeja taxas de 8%, até 9%, com a “baixa” que ora ocorre, os alemães, a quem a presidente Dilma tentou ensinar a como dirigir a economia, continuam pagando cerca de 1,8% ao ano.
É de dar inveja, não?

Frase:
Não há nada mais relevante para a vida social que a formação do sentimento da justiça.” 
(Rui Barbosa)

A respeito da
Argentina (I)
Esta coluna, como se sabe, está sempre aberta ao debate. Assim é que publico, a seguir, na íntegra, protesto do meu amigo jornalista Valter Xeu, sobre comentários que fiz a respeito da nacionalização da YPF pelo governo argentino:
“Meu caro Alex: o amigo está equivocado sobre a nacionalização da YPF na Argentina.
A economia do país passa por momentos difíceis, haja visto ser a Argentina um dos maiores exportadores para a Espanha, país que vive hoje seus dias de Grécia e isso é claro que mexeu com a economia e não é culpa exclusiva da Cristina.”

A respeito da
Argentina (II)
Prossegue Valter: “No caso da nacionalização dos 51%  da petrolífera YPF, a presidenta argentina não se negou a pagar, como você diz na nota. O que ela disse foi que não pagaria os 11 bilhões de dólares solicitados pela direção da empresa em Madri e isso é normal no mundo dos negócios, onde você pede um preço alto e se negocia outro menor.
Foram raras as críticas na mídia sobre a posição do governo em nacionalizar a empresa.  Se tal fato tivesse acontecido no Brasil, a mídia nativa, sempre pronta em defender os interesses de grupos multinacionais (vide as privatizações, onde nunca questionaram os valores pagos), estaria rasgando editoriais contra a atitude da nossa governante. A atitude de Cristina é digna de aplausos e não de críticas. Um forte abraço do seu amigo e leitor, Valter Xeu.”

 1 OLHOS - Salvador sediará, de 26 a 28 próximos, no Bahia Othon Palace Hotel, o XVIII Congresso Norte Nordeste de Oftalmologia. Promovido pela Sociedade Norte Nordeste de Oftalmologia e com apoio do CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o evento reunirá cerca de mil participantes, além de renomados professores nacionais e internacionais.

 2 CINEMA - As inscrições o 40º Festival de Cinema de Gramado têm início hoje. As fichas deverão ser preenchidas e enviadas até 1º de junho através do site www.festivaldegramado.net. Para concorrer, os filmes de longa metragem devem ter sido concluídos a partir de 1º de fevereiro de 2011 e os filmes de curta metragem, a partir de 1º de agosto de 2011.

 3 IMPOSTO - Até 27 próximo, o curso de Ciências Contábeis da Faculdade Ruy Barbosa promove uma parceria com o Shopping Center Lapa para atender às pessoas que precisam entregar, até o próximo dia 30, a Declaração do Imposto de Renda. O atendimento é realizado pela manhã e à tarde, no 2º piso do shopping, no espaço Conforto, mediante a doação de uma lata de leite em pó.

2 comentários:

Alex disse...

Caro chará Alex, gostaria de comentar o desastrosocomentário do jornalista Valter Xeu seu amigo:

1- O termo correto para nomear a ação da Argentina é expropriação, não se trata de um negócio normal onde duas partes estão interessadas, portanto o fato da Cristina se negar a pagar o justo é roubo e mesmo o seu ministro da economia descamisado disse abertamento "não pagaremos". Eu reconheço, a culpa da economia da Argentina não está boa, não é da Cristina, a culpa é da sua política populista que é cara e já esfumaçou os petrodólares de Hugo Chaves o gurú da Cristina.

Com relação ao possível silêncio da imprensa, não se pode esquecer que a imprensa argentina tem dono, chama-se Cristina, e por "lei", não podem critica-la.

No mais, fico triste ao ler que tem gente que não gosta da privatização, afinal, graças a privatização, hoje qualquer pobre pode ter um celular, diferente dos tempos da Telebahia, Embratel, quando os telefones eram caríssimos e proibitivos aos mais pobres.


Alex Jeronimo

Alex disse...

Completando...

Se a atitude de Cristina merece aplausos, gostaria de saber se o senhor Xeu faria o mesmo mtipo de negociação comigo?

Eu tomo o que é seu e pago quando quiser e quanto eu quiser....