“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que
cativas”. (O Pequeno Príncipe)
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Cristóvam Aguiar |
Eu venho, há
seguramente 30 anos, alertando as autoridades e à população sobre a necessidade
de se fazer um controle da população de animais domésticos no município,
inclusive, responsabilizando e punindo severamente os seus donos em casos de
acidentes. No final dos anos 70 cheguei a apresentar ao então prefeito Colbert
Martins, um projeto para criação do Canil Público de Feira de Santana, que
seria nada menos que um eficiente serviço de apreensão e controle de animais
domésticos. Mas alguém disse a ele que aquilo não rendia votos e que poderia
até tirar, e ele abortou o projeto, como todo político.
Gatos, cachorros e
meninos, fora! Era engraçado ouvir antigamente as nossas mães gritarem isso
para os seus filhos quando faziam algazarra e atrapalhavam os serviços na casa.
A gente ria, fazia mais algazarra ainda, e saía correndo em direção aos
quintais ou às vias públicas que naquela época eram seguras e se constituíam no
nosso melhor espaço de lazer.
Mas, a frase não pode
ser levada ao pé da letra, principalmente nos dias de hoje. Necessário se faz
um controle da população de animais domésticos e de crianças. Todo mundo quer
ter um animalzinho de estimação, uma criação, e filhos. Mas, o que ninguém
pensa, é na responsabilidade de se ter a guarda de um ser vivente. Uma vez que
se tem a guarda, é necessário se ter cuidados necessários para que cresçam
forte, educados e sadios.
Animais abandonados e
doentes transmitem doenças aos seres humanos. Crianças abandonadas e doentes
causam prejuízos e dor aos seres humanos. E como no Brasil tudo anda na contramão
(não demora e galinha vai ciscar pra frente) as soluções encontradas para o
problema são sempre paliativas quando não agravantes.
No caso dos animais, a
própria Associação de Proteção aos Animais sugere uma campanha para castrar
machos e fêmeas, com o objetivo de se evitar a reprodução descontrolada dos
mesmos. No caso dos meninos e meninas, não precisamos ser tão drásticos, basta
orientá-los e, se necessário, obrigá-los sob ameaça de punições severas, ao uso
dos métodos anticoncepcionais. Só podemos criar animais, se tivermos condições
de mantê-los alimentados, medicados e educados. Filhos, idem.
Agora um fato curioso.
Recentemente morreu uma pessoa com suspeita de ter contraído Babesiose, uma
doença transmitida por carrapato. Com isso, as pessoas passaram a soltar nas
ruas, por medo de contrair a doença, seus animais de estimação. Não percebem os
imbecis, que soltos, sem tratamento adequado, qualquer um pode ser vitima das
doenças que eles transmitem, inclusive seus ex-donos. Com crianças e adolescentes,
ocorre o mesmo.
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