É muito comum uma pessoa
convidar seus amigos a visitarem sua igreja, templo, casa de oração ou coisa
parecida. Esse ato é de grande valia já que esse convidado pode se tornar um
novo adepto de seu grupo. Isso conta ponto e também prestígio para quem o
convidou.
No espiritismo isso é um pouquinho
diferente, mas pode acontecer. Vamos sempre lembrar que aderir ou compreender
os ensinamentos da espiritualidade depende bastante da proposta reencarnatória
de cada um. Como minha mãe sempre dizia:
“quem nasceu pra ser lenhador, morre com o machado na mão”. Não adianta lhe oferecer um “iPod” que ele
não aceita a troca. Mesmo assim, isso
não o impede de ser feliz nem ter um grande coração.
Não há nada proibido, mas de
acordo a sintonia espiritual de cada um, aliada à proposta que a
espiritualidade teceu para o mesmo, nesse plano terreno, os assuntos podem se
tornar compreensíveis, empolgantes, místicos, primitivos ou simplesmente algo
na contra-mão dos princípios pregados por alguns líderes religiosos.
Tem pessoas que chegam a
reagir “filosoficamente” enquanto outras reagem “grosseiramente” ao ouvirem essa
frase: “eu sou espírita”.
Tem gente que tem uma atuação
no espiritismo limitada à leitura de um bom romance espírita, outros, à leitura
das obras básicas de Kardec.
Todos estão corretos e fiéis
às suas propostas reencarnatórias.
Não se deve condenar um aluno
de nível primário por não compreender uma equação matemática complexa ou por
desconhecer alguns conceitos de física, química, etc.
Essa questão deve ser vista
com restrições, pois até dentro do espiritismo, entre os participantes
veteranos e assíduos, também existem questões que devem ser analisadas antes de
serem postas à mesa.
Medindo o tempo pelo
calendário da espiritualidade, me lembro de um tempo, não muito distante, em
que fiz algumas perguntas indevidas a amigos de grande bagagem espiritual. Eis
algumas perguntas:
- Já que a espiritualidade é mais evoluída que o nosso mundo terreno,
porque ela mantém cidades fortificadas com muralhas como se vivessem em tempos
medievais?
- Quem são os guerrilheiros que atacam as cidades espirituais com armas
poderosas e que nem sabemos se são letais ou não?
- Geralmente as cidades espirituais têm sistemas de defesa para contra-atacar
esses guerrilheiros invasores. Quem são esses soldados de defesa e quem fabrica
suas armas?
- Para se fabricar armas capazes de competir com esses guerrilheiros do
Umbral alguém, altamente evoluído espiritualmente ou cientificamente, deve assumir
essa incumbência. Será que algum Carls Sagan, Einstein, Max Planck, Chico
Xavier, Gandhi ou Jesus se prestaria a esse tipo de colaboração?
Plagiando um amigo católico,
simpatizante do espiritismo; “Tem
espírita que foge dessas perguntas como Drácula foge da cruz”. Sendo assim,
eu as repasso aos que não tiveram tempo de fugir.
As respostas podem ser
encontradas em livros, na Internet ou com espíritos superiores, porém o entendimento
pode ficar ofuscado devido a proposta reencarnatória que, cada um, se prontificou,
perante a espiritualidade.
Conrado Dantas
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