Ouvi um técnico de segurança em
entrevista numa emissora de rádio local, quando ele afirmava que existem em
Feira de Santana cerca de 20 empresas que lidam com extintores de incêndio.
Porém, a maioria delas não faz a devida manutenção ou vistoria nestes
equipamentos. Eu iria mais além. Quantas pessoas conhecemos que sabem usar um
extintor de incêndio? E não me refiro apenas a destravar e acionar o extintor,
mas, também de identificar o tipo de fogo e que tipo de extintor se deve usar.
Eu conheço bem poucos.
Em Feira de Santana, a instalação de
um Corpo de Bombeiros diminuiu a taxa de risco da cidade na hora de se fazer
uma apólice de seguros contra incêndios, contudo, ela ainda é alta e isso se
deve ao fato de que mesmo dispondo de uma corporação, a cidade carece de
hidrantes (que funcionem) e um planejamento urbano que permita o acesso dos
caminhões do Corpo de Bombeiros a todas as localidades principalmente no centro
comercial. Qual seguradora se arriscaria a vender uma apólice de seguro contra
incêndio aos comerciantes da Rua Sales Barbosa? Se o fizer será por um preço
altíssimo, porque alto também é o risco.
Mas, prevenção é necessária, como
disse, em todos os lugares e situações. Nas estradas, já há alguns anos, os
motoristas são obrigados a passar por um curso de direção defensiva, o que quer
dizer que ele deve saber conduzir o veículo com atenção também no que os demais
motoristas fazem, para que não sejam envolvidos em acidentes provocados por
terceiros.
No lar os pais devem manter produtos
químicos, inclusive medicamentos, fora do alcance das crianças. Esse conselho é
dado constantemente pelos meios de comunicação, mas, sempre são registrados
casos de crianças que foram parar nos hospitais ou cemitérios porque ingeriram
produtos químicos. A rede elétrica da casa deve ser instalada por profissional
competente, pois, caso contrário, poderá causar circuitos e incêndios. A fiação
velha também deve ser trocada.
No trabalho as empresas já criam Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes (Cipa) formadas por funcionários que são
treinados para o uso de equipamentos de proteção individual e coletivo. Porém,
ainda são poucas as que se preocupam com isso. Aliás, o que costumamos ver em
lojas, edifícios e em pequenos centros comerciais, são mercadorias mal
armazenadas, obstruindo o acesso aos extintores (que geralmente estão com a validade
vencida) e trabalhadores desprovidos de equipamentos de proteção individual ou
de treinamento para utiliza-los.
Há muitas situações em que
poderíamos nos prevenir e evitar acidentes que, no mínimo, nos causa
aborrecimentos, quando não prejuízos maiores. Algo assim como transar sem camisinha.
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