1 – Evasão de Investimentos – Depois que um secretário
do Governo do Estado afirmou em um programa de rádio que a ação dos sindicatos
dos trabalhadores está afastando os investidores de Feira de Santana, o
deputado Zé Neto apressou-se a colocar panos quentes dizendo que “não é bem
assim”. E eu digo: É pior.
Já há alguns anos, a intransigência dos
dirigentes sindicais de Feira de Santana nas mesas de negociações com os
sindicatos patronais, tem afastado os investidores que preferem levar suas
empresas para outras cidades ou estados. Isso é um retrocesso, porque, após
anos de intransigência, sindicatos trabalhistas e patronais começaram a se
entender.
Infelizmente, o “salve-se quem puder”
reinante nos meios políticos baiano, onde vale tudo para se alcançar sucesso em
disputas para cargos eletivos, tem atraído cada vez mais oportunistas,
escroques e ladrões de todo calibre. Todos buscam uma oportunidade de aparecer
na mídia como defensor dos interesses do povo, objetivando ganhar visibilidade
para mais tarde postularem um cargo eletivo.
Junte-se a isso a enorme quantidade de
atestados médicos falsos que faz com que centenas de trabalhadores se afastem
de seus postos de serviços por dias, semanas ou meses, causando assim enorme
prejuízo às empresas. Esse já não é o caso de se negociar com sindicatos. É
caso de polícia.
2
– “Nó tático” – Assim
como o treinador do Bahia fez com o seu rival do Vitória, o ex-ministro Geddel
Vieira Lima deu um “nó tático” em seus adversários políticos. Com o PMDB em pé
de guerra com o PT, ele se
aproveitou da situação e bateu pé firme para sair candidato pelo PMDB baiano.
Sabia ele que dividindo as oposições as chances de vitória eram remotas. Eu
mesmo cheguei a afirmar nesse espaço que iria dar PT na cabeça, porque a
vaidade pessoal não permitia a união das oposições. Mas, me enganei.
Geddel fez birra enquanto os
adversários o assediavam em busca de uma aliança que parecia impossível. E
assim, mesmo depois de alguns líderes do DEM darem como certa a candidatura de
Paulo Souto independente do apoio ou não de Geddel, ele se manteve firme na sua
posição de pré-candidato ao governo do Estado. E o resultado é que depois de
lhe acenarem com a possibilidade de uma candidatura ao senado, ele contrapôs
ser candidato a vice se ACM Neto encabeçasse a chapa. Estava aberta uma
brecha. Propuseram-lhe a chapa com Paulo
Souto para governador e ele para senador, era a ultima proposta. Geddel aceitou,
desde que pudesse indicar o vice. Indicação essa que deveria ser de Antônio Imbassahy.
Mas, abriram mão e Geddel indicou ninguém menos do que Joaci Góes do PSDB. Com
isso, ele, que era inimigo declarado do falecido senador ACM, se aproximou de
ACM Neto, colocou como vice um também inimigo do ex-senador e trouxe de quebra Jutaí
Magalhães, outro desafeto de ACM.
O que parecia impossível aconteceu.
Principalmente se olharmos para o outro lado, onde estão enfileirados com o PT
nada menos do que o ex-governador Otto Alencar e o deputado Joao Leão, ambos
carlistas de carteirinha. Realmente a política é muito dinâmica!
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