Foram milênios de chutômetro. Quem quisesse entender a mente humana só tinha uma coisa a fazer: especular. Mas eis que, na década de 1990, os cientistas puderam ver nosso cérebro em pleno funcionamento. Tecnologias avançadas pareciam colocar a mente humana finalmente ao alcance.
Seguiram-se duas décadas de muitos progressos - ou não? Começa a
emergir, em um grupo eclético de pesquisadores, a sensação de que todas
as imagens coloridas do sistema nervoso em ação não passam de miragem.
Ainda estamos muito longe de compreender como o cérebro produz a
consciência.
"Quando se fala em imagens do cérebro, ver pode
equivaler a acreditar, mas não necessariamente a compreender", afirmam a
psiquiatra Sally Satel e o psicólogo Scott Lilienfeld, autores de
Brainwashed: The Seductive Appeal of Mindless Neuroscience ("Lavagem
cerebral: O apelo sedutor da neurociência irrefletida"). Recém-publicado
nos EUA, o livro é apenas um de uma leva que busca baixar a bola dos
neurocientistas.
A grande questão é o que se pode e o que não
se pode saber sobre o funcionamento do cérebro. Estamos falando de um
sistema nervoso com cerca de 600 trilhões de conexões paralelas,
trabalhando de forma frenética para manter nosso corpo funcionando. O
que chamamos de consciência é uma parte relativamente pequena dessa
conta. Ironicamente, é onde tudo parece se complicar.
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